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Animais Peçonhentos e Venenosos

É sempre melhor prevenir. Mas ao ser picado por animais peçonhentos (venenosos), aja com cautela e sem desespero. É importante não perde...

É sempre melhor prevenir. Mas ao ser picado por animais peçonhentos (venenosos), aja com cautela e sem desespero. É importante não perder tempo. 

Algumas orientações básicas são exatamente importantes e podem salvar vidas:
- Não amarre.
- Não corte nem fure.
- Não dê nada para beber ou comer.
- Mantenha a vítima deitada para evitar que o veneno seja absorvido rapidamente.
- Se a picada for na perna ou no braço, estes devem ficar em posição elevada.
- A vítima deve ser levada imediatamente, deitada, para um serviço de saúde mais próximo.
- Sempre que possível, leve o animal para ser identificado. 

Não se esqueça: O soro específico é gratuito e distribuído pelo Ministério da Saúde.

Picadas de Insetos 
As picadas de insetos como abelhas, vespas e marimbondos provocam muita dor e assustam, mas os riscos são pequenos, mesmo que as picadas sejam numerosas. Após a picada, há inchaço. Pessoas alérgicas podem, com apenas uma única picada, ter choque anafilático que pode ser fatal. 

É importante ao socorrer uma picada desses insetos, remover o ferrão com pinças. Vespas e marimbondos não deixam o ferrão. Abelhas morrem depois de picar, deixando o ferrão. Aplique uma compressa fria para aliviar a dor e reduzir o inchaço. Quando a picada ocorrer na boca, dê gelo para a vítima chupar.

Picadas de Carrapatos
Em caso de picadas de carrapatos, esses devem ser removidos o mais depressa possível e colocados em um vidro, para serem examinados em um serviço médico. Os carrapatos podem se vetores de doenças e devem ser retirados com uma pinça, puxando-os pela cabeça em movimentos de vai-e-vem. Não tente retirá-los de uma vez só, pois a cabeça ficará presa na pele.

Picadas de Escorpiões
Os escorpiões são pouco agressivos e têm hábitos noturnos. Encontram-se geralmente em pilhas de madeira, cercas, sob pedras e adaptam-se bem ao ambiente doméstico. 

Os sintomas mais comuns são: náuseas, vômitos, salivação, tremores e até convulsão. Podem ocorrer alterações cardíacas, de pressão arterial, respiratórias e choque. 

Mais importante que isso é prevenir, evitando amontoar sapatos, roupas e utensílios domésticos, examinando e sacudindo-os antes de usar. 

Manter sempre berços e camas afastados da parede. Evitar acúmulo de ferro velho, telhas, e tijolos perto de residências. Limpar constantemente ralos de banheiros e cozinhas. 

Os primeiros socorros consistem em transportar o acidentado rapidamente à unidade de saúde para a aplicação do soro específico, se necessário. Ele deve ser mantido em repouso, e não se esqueça de levar o animal que causou o acidente para identificação.

Picadas de Aranhas
As picadas de aranhas também assustam muito. É importante reconhecê-las:

- Aranha armadeira (Phoneutria) - É muito agressiva, com hábitos vespertinos e noturnos. É encontrada em bananeiras e folhagens. Não faz teia. Quando dá picada, há dor intensa no local, náuseas, salivação, suores e tremores. O tratamento é feito com soro.

- Aranha marrom (Loxoceles) - É pouco agressiva, com hábitos noturnos. Encontra-se em pilhas de tijolos, telhas, beira de barrancos e interior das residências. Faz teia semelhante a flocos de algodão. A picada provoca dor semelhante à queimadura de cigarro. Algumas horas após, surgem edema local e necrose. O acidentado pode apresentar mal-estar, náuseas, febre e urina cor de Coca-Cola. O tratamento é feito com soro.

- Viúva-negra (Latrodectus) - É pouco agressiva. Vive em teias que constrói sob vegetação em arbustos, barrancos e jardins. A picada provoca angústia, excitação, confusão mental, dores musculares, rigidez do abdome e suores. O tratamento é feito com soro.

- Caranguejeira - É uma aranha que atinge grandes dimensões. Tem pêlos que em contato com a pele produzem irritação. Algumas são agressivas. Possuem ferrões grandes, responsáveis por ferroadas dolorosas. Há dor no local e irritação na pele. Para o tratamento não é necessário soro.

Picadas de Cobras
As picadas de cobras geralmente são reconhecidas pela marca dos dentes na pele, pela dor no local atingido, por inchaço e bolas que surgem no local. Toda picada de cobra, mesmo sem qualquer sintoma, merece atendimento médico. Se possível, capture a cobra para identificação no serviço especializado. Apenas 1% das picadas de cobras venenosas é fatal, quando a vítima não é socorrida a tempo. 

Como proceder?
- Dar apoio à vitima e leva-la para um serviço médico.
- Não remover o veneno por meios mecânicos, pois agrava o acidente.
- A vítima deve permanecer deitada e quieta.
- Lavar a ferida com água e sabão.
- Manter a parte ferida abaixo do nível do coração, de forma que o veneno fique contido no local.

O que não fazer?
- Não dê álcool à vítima.
- Não dê sedativos ou aspirina.
- Não faça ferimentos adicionais para drenar.
- Não coloque torniquete nem tente sugar o veneno.

A jararaca, jararacuçu do rabo branco, patrona, malha de sapo, etc., quando picam, deixam inchaço, dor e hemorragia no local das picadas.

A cascavel, aracambóia, boicininga etc., tem um gizo ou chocalho na cauda. Como sintomas da picada, surgem dificuldades em abrir os olhos, visão dupla, pálpebras caídas, dor muscular generalizadas e urina avermelhada.

A coral, coral-verdadeira, boicorá, apresenta coloração em anéis, vermelhos, brancos, pretos e amarelos, em toda sua circunferência. Na picada surge pequena reação local, visão dupla, pálpebras caídas, falta de ar e dificuldade para engolir.

A surucucu, pico-de-jaca, surucutinga, é a maior serpente venenosa das Américas, encontradas nas matas fechadas e florestas tropicais. Os sintomas são inchaço no local da picada, dor, hemorragia, diarréia e alteração dos batimentos cardíacos.

Animais Marinhos
Os animais marinhos também podem causar lesões na pele. Assim, os primeiros socorros também são fundamentais, já que essas lesões, em sua maioria, são de difícil reconhecimento.

Como proceder?
- Tranquilize a vítima.
- Impeça que o veneno se solte dos ferrões.
- Derrame álcool ou qualquer bebida alcoólica ou vinagre sobre a lesão por alguns minutos, para impedir que os ferrões que ainda não destilaram o veneno o façam.
- Aplique uma pasta de bicarbonato de sódio (fermento em pó) e água em partes iguais sobre o ferimento.
- Aplique produto em pó sobre o ferimento, para fazer com que as células se agrupem. Talco é suficiente, melhor ainda seria aplicar um amaciante de carne ou papaína, que tem o poder de desativar o veneno.

As lesões são geralmente causadas por água-viva ou medusa. Alguns animais marinhos como o ouriço-do-mar e certos peixes têm espinhos que podem furar a pele. Em caso de perfuração, mergulhe a parte lesada em água quente por cerca de 30 minutos, com o cuidado para não queimar. Em seguida, encaminhe a vítima para o hospital.


Fonte: Clínica Deckers - São Paulo