A estratégia está relacionada com o processo de busca, visando delimitar uma zona que reúne maiores possibilidade de se encontrar a víti...
A estratégia está relacionada com o processo de busca, visando delimitar uma zona que reúne maiores possibilidade de se encontrar a vítima. Diferencia-se da tática que se refere aos métodos utilizados para dispor de recursos de busca na área, encontrar a vítima ou buscar indícios de seu paradeiro.
A principal preocupação é estabelecer os limites de uma provável zona de busca, para centralizar os esforços em um universo limitado. Na maioria dos casos a sua extensão depende em grande parte do tempo que a vítima teve para se afastar de onde foi vista pela última vez e o tempo que necessita a equipe de busca para cobrir a distância que a separa daquela zona.
Uma mobilização rápida e a delimitação geográfica da busca ajudam a incrementar as probabilidades de achar indícios, de encontrar a vítima e diminuem o número de recursos necessários, reduzindo assim, a logística e os custos da operação na sua totalidade.
Determinação da Zona de Busca
Determinação da Zona de Busca
Existem quatro métodos básicos para estabelecer uma zona de busca: teórico, estatístico, subjetivo e o método de Mattson. Todos estes métodos partem do pressuposto de que a delimitação da zona de busca depende do lugar aonde foi visto a vítima pela última vez. No método teórico, a provável zona de busca é traçada mediante o uso de tabelas, com as quais se estabelece a área em função da distância percorrida pelo perdido. Para isto, é preciso determinar com segurança o lugar onde ele foi visto pela última vez.
O limite da zona é estabelecido por um círculo marcado sobre o mapa cujo centro é o lugar onde foi vista a vítima pela última vez. O comprimento do raio representa a máxima distância que ela pode ter percorrido. As interpretações incluem considerações sobre fatores como altitude, experiência da vítima em ambiente natural, sua condição física e as condições do terreno e do clima.
Na continuação se avaliam as características topográficas como rios, picadas, pequenas elevações, cristas e assim a área de busca começa a se configurar, chegando a uma subdivisão de segmentos de busca mais manejáveis ou prováveis, limitados pelas características do terreno. Os estudos individuais do comportamento das pessoas perdidas em ambientes naturais proporcionam os dados do método estatístico.
São feitos cálculos sobre prováveis distâncias percorridas, calculados em linha reta. Pode ser, que na realidade, a pessoa tenha andado muito mais, mas esta técnicas só leva em conta o resultado da distância em linha reta. O método estatístico é uma aproximação e está sujeito a exceções. As distâncias calculadas podem ser usadas para delimitar zonas com probabilidade de êxito.
O terceiro método para limitar a área provável de busca é o método subjetivo, a combinação de um grande número de fatores menos objetivos que os usados nos dois primeiros métodos. Leva-se em conta os dados históricos, a situação de acidentes naturais e indícios e a consideração das limitações físicas e psíquicas da pessoa. Os dados desta classe podem ser muito menos tangíveis que os dados utilizados nos dois métodos.
Apesar disto, este método tem sido de grande ajuda em numerosas ocasiões, especialmente naquelas em que a ausência de um ponto exato de última visualização dificulta a situação de dados teóricos. Para definir a área de busca, o método subjetivo se vale da análise de dados pessoais, do raciocínio lógico e da especulação sobre um determinado número de variáveis.
O tenente coronel Robert Mattson da força aérea dos Estados Unidos idealizou o quarto método para estabelecer uma provável área de busca. No método de Mattson, duas ou três pessoas analisam um mapa utilizando o método subjetivo para determinar a área em que se efetuará a busca.
Esse método se baseia em um processo democrático no qual todos os envolvidos, sem levar em conta o cargo, a experiência ou o treinamento, participa igualmente. Os cálculos utilizados são simples e não requerem estudos sobre outros casos nem tabelas de probabilidades. O chefe de busca divide as diferentes opções de áreas de busca e lhe dá um nome chave.
Cada um dos membros do grupo atribui determinada porcentagem a cada uma das possibilidades baseando-se na intuição, na experiência e na educação, elegendo assim as áreas mais prováveis. A única imposição é que a soma das porcentagens de cada indivíduo seja 100%, sem que tenha nenhuma importância o modo com tenha distribuído as porcentagens. Estas porcentagens, depois de tiradas as médias entre a soma das porcentagens e o número de participantes, determinam a área de probabilidade de cada rota.
O método de Mattson usa tanto a informação e o conhecimento objetivos como subjetivos e permite uma participação idêntica de todos, fator que elimina a influência negativa das personalidades dominantes. Esta técnica estimula também a utilização de todos os dados disponíveis e dos outros três métodos de determinação da área de busca. Aqui vemos a importância de calcular a probabilidade da presença de um indivíduo em uma determinada zona, como um meio para se decidir como se organizará a busca.
Os métodos anteriores para determinação da área de busca podem selecionar dois ou três terrenos de características diferentes. Do ponto de vista prático, resulta mais eficaz dividir uma área em unidades manejáveis nas quais se use o máximo de rastreadores disponíveis. Este método de segmento da área é uma técnica lógica.
FONTE DE REFERÊNCIA
MBSCVR - MANUAL DE BUSCA E SALVAMENTO EM COBERTURA VEGETAL DE RISCO
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo
FONTE DE REFERÊNCIA
MBSCVR - MANUAL DE BUSCA E SALVAMENTO EM COBERTURA VEGETAL DE RISCO
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo