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Esguichos "Histórico"

A água continua sendo o mais prático e comum agente extintor para extinção de incêndios. Por causa de sua importância para a atividade d...

A água continua sendo o mais prático e comum agente extintor para extinção de incêndios. Por causa de sua importância para a atividade de extinção de incêndios, é crucial que os bombeiros compreendam claramente suas propriedades. Para se tornar um eficiente agente extintor, a água precisa estar sob a forma de jato de combate a incêndio. Um jato de água para combate a incêndio se forma pela conjugação do uso de bombas para desenvolver pressão e mangueiras para transportar água. Assim, a água pode ser forçada por uma linha de mangueiras com velocidade suficiente para ser levada do esguicho até o ponto desejado. Este jato de água é formado pelo esguicho.

Antes de 1888 não havia padrões exatos ou dados que regulavam a fabricação de esguichos, nem havia satisfatórias ou confiáveis tabelas relacionadas a jatos de combate a incêndio. Naquele ano, uma série de experimentos com pressões variando de 35 kPa a 700 kPa (5 psi a 100 psi) nos esguichos foi feita por John R. Freeman na Associação Americana de Engenheiros Civis. Nos experimentos de Freeman, usaram vários tipos, formas e tamanhos de esguichos. 

Esta comparação de esguichos era uma tentativa de encontrar um modelo que produzisse o melhor jato. Os experimentos de Freeman foram os mais precisos e completos até então feitos sobre o assunto, e as tabelas de jatos de combate a incêndio feitas por ele são até hoje usadas pelas corporações como um padrão. 

O maior objetivo dos experimentos de Freeman era determinar a melhor forma de esguichos e de tubos corretores para fins práticos. Sua meta era encontrar um esguicho que, a determinada pressão, projetasse uma determinada vazão na maior e mais alta distância. Esta característica requeria um jato compacto com a mínima perda de gotas e névoa. 

Houve muitas mudanças desde então. Os modelos dos esguichos têm se aprimorado continuamente e isto tem contribuído para que os bombeiros sejam mais eficientes no combate a incêndios e com menos danos causados pela água. A transição para o uso de esguichos que convertem água em gotas possibilitou o desenvolvimento de esguichos de neblina e de chuveiro. Estes esguichos substituíram esguichos de jato pleno na maioria de suas aplicações, mas aqueles continuam sendo úteis à atividade de combate a incêndio.

Considerações sobre Jatos de Combate a Incêndio
Ao tratarmos de esguichos, é necessário preliminarmente tecer alguns comentários sobre jatos de combate a incêndio. Considera-se jato de combate a incêndio o jato de água (ou outro agente extintor com base em água) que sai da mangueira e do esguicho até atingir o ponto desejado. No ponto de descarga (último ponto da água dentro do esguicho), as condições do jato são influenciadas pela pressão de operação, modelo do esguicho, ajustes do esguicho e as condições do esguicho. 

Quando o jato é lançado no ambiente externo, ele passa a ser influenciado também pela sua velocidade, pela gravidade, pelo vento e pelo atrito com o ar. A produção de um jato de combate a incêndio apropriado e efetivo requer a interação de quatro elementos básicos: suprimento de água confiável, bomba de incêndio, equipamento de combate a incêndio apropriado (mangueiras, esguichos e acessórios) e pessoal treinado no uso dos três primeiros elementos.

Definição
Esguicho é um acessório hidráulico que é acoplado na extremidade final das mangueiras para dar forma, direção e velocidade ao agente extintor em direção ao fogo. Ele transforma a água em um jato e controla o jato até que o fogo seja extinto de maneira mais eficiente (o que significa: usando uma quantidade mínima de água, com o mínimo de dano causado pela água). Um esguicho consiste normalmente de uma ponta e de uma válvula de abertura e fechamento.

A ponta ou extremidade do esguicho recebe o nome de requinte. A válvula de abertura e fechamento serve não apenas para abrir e fechar o esguicho, mas, em alguns casos, serve também como meio para controlar a vazão pela sua ponta. O requinte do esguicho é o componente do esguicho que forma o jato. É um dispositivo feito precisamente por métodos de engenharia que direciona a água para a área de aplicação desejada.

O uso do esguicho permite que a água passe a tomar forma a partir do ponto onde ele é acoplado na mangueira. O jato completa sua formação dentro do esguicho. A pressão de descarga real no esguicho (ou pressão residual) é determinada pela vazão na mangueira e pelo tipo do esguicho. Acessórios hidráulicos acoplados na linha de mangueira também causam perda de carga na formação do jato.

Quanto à habilidade do bombeiro na formação dos jatos, podemos considerar como principais, as seguintes falhas:
- Montar linhas adutoras com mangueiras de pequeno diâmetro;
- Sobrecarregar uma bomba com uma quantidade de linhas maior que a capacidade da bomba;
- Usar esguichos com vazão superior à capacidade da bomba;
- Montar linhas de ataque com grandes extensões;
- Pressurizar a linha excessivamente, o que pode danificar as mangueiras ou os equipamentos. Isto também se configura um risco para os próprios bombeiros.


FONTE DE REFERÊNCIA
MANUAL DE EMPREGO DE MANGUEIRAS, ESGUICHOS E ACESSÓRIOS HIDRÁULICOS

Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo