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Atropelamentos

As lesões produzidas nos atropelamentos tendem a ser mais graves, pois o pedestre tem menos proteção que o ocupante de um veículo em que...

As lesões produzidas nos atropelamentos tendem a ser mais graves, pois o pedestre tem menos proteção que o ocupante de um veículo em que a carroceria absorve parte da energia cinética da colisão. O pedestre atingido por um carro quase sempre sofre lesões internas graves, mesmo que o carro esteja à baixa velocidade. A massa do veículo é tão grande que ocorre transferência de grande quantidade de energia mesmo com baixas velocidades e se alta velocidade está envolvida, os resultados geralmente são desastrosos.

Fases do Mecanismo de Lesão
Para o atendimento adequado à vítima de atropelamento é fundamental conhecer as fases do mecanismo de trauma provocado pela colisão do pedestre com o veículo atropelador, e as lesões decorrentes:

Impacto inicial nas pernas, as vezes atingindo coxa e quadril espera-se fraturas de tíbia e fíbula, trauma de pelve e fêmur.

O tronco da vítima é lançado para frente, sobre o capô do veículo; espera-se trauma de tórax, abdome e pelve. Pode ocorrer ainda fratura de coluna e trauma de face e crânio pelo impacto da cabeça contra o pára-brisa.

Vítima cai Contra o Asfalto
Além da fratura de coluna decorrente da queda, as lesões esperadas dependem de qual parte do corpo sofreu o impacto. Se cair de lado, esperam-se lesões de ombro, cabeça e quadril.

Na criança o mecanismo de trauma é distinto. Quando o adulto percebe estar prestes a ser atropelado, ele se vira de costas para o veículo na tentativa de se proteger logo as lesões se localizam nas regiões posterior e lateral do corpo.

Por outro lado, as crianças encaram o veículo atropelador de frente. Pelo fato de ser menor em altura, o impacto inicial na criança ocorre em fêmur ou pelve; seguem trauma de tórax (impacto contra o pára-choque) e trauma de crânio e face (capô). Em vez de ser lançada para cima, como o adulto, a criança geralmente cai sob o veículo e pode ser prensada pelo pneu dianteiro.

Considerando o exposto, a criança vítima de atropelamento é considerada politraumatizada grave, devendo receber atendimento pré-hospitalar imediato e transporte rápido para o hospital.

Adulto: geralmente tem fraturas bilaterais baixas nas pernas ou fraturas de joelho associadas a lesões secundárias que ocorrem quando o corpo atinge o carro e depois o chão.

Crianças: são mais baixas e o pára-choque tem maior chance de atingi-las na pelve ou no tronco. Geralmente caem sobre suas cabeças no impacto secundário.


FONTE DE REFERÊNCIA
MTBRESG – RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo.