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Mergulho Emergencial

A quase totalidade das intervenções das guarnições de mergulho do Corpo de Bombeiros são ocorrências não emergenciais, ou seja, o cidadã...

A quase totalidade das intervenções das guarnições de mergulho do Corpo de Bombeiros são ocorrências não emergenciais, ou seja, o cidadão ou a Polícia Militar notifica um caso de afogamento, ou embarcação adernada, ou queda de veículo em rio ou represa; permitindo ao Corpo de Bombeiros planejar a operação para uma execução futura. 

Mas vários bombeiros já necessitaram atuar em ocorrência de afogamento em curso e não estavam em uma viatura Auto-Salvamento equipada com material de mergulho, estavam sim tripulando viatura de incêndio ou mesmo Resgate e o equipamento mais útil para tal situação e que já foi utilizado é o Equipamento de proteção respiratória-EPR. Tais ocorrências aconteceram em piscinas, rios, represas e exigiram a intervenção imediata do bombeiro.

É fato que o mesmo EPR usado para o combate a incêndio poderá nas situações emergenciais ser empregado para um bombeiro, mergulhador ou não, adentrar ao meio líquido podendo respirar normalmente.

Quando Atuar
Os registros das ocorrências que exigiram a intervenção imediata de bombeiros para afogamento em curso, são procedentes do centro de Operações, e do acionamento do próprio solicitante ao deparar-se com a viatura.

Limitações do Equipamento
É importante que o EPR de determinada viatura seja testado na piscina do PB ou do GB, em um ambiente de águas confinadas, e seguro, sob a supervisão do Oficial Supervisor de Mergulho do GB.

Há anos um EPR da marca MSA modelo MMR foi testado no CIAMA - Centro de Instrução e Adestramento Almirante Átila Monteiro Ache na Marinha do Brasil e os mergulhadores conseguiram respirar normalmente até a profundidade de 05 (cinco) metros.

Necessidade de Treinamento Prévio
CUIDADO - O uso de tal técnica e equipamento exige treinamento prévio, não devendo ser executada por pessoa leiga, sob risco de lesão e risco à vida.

IMPORTANTE - A máscara do EPR não possui saliências ou reentrâncias para pinçar o nariz na manobra de compensação. Portanto é fundamental que o bombeiro saiba as técnicas:
- Engolir o ar, ou
- Mover a mandíbula, ou
- Introduzir uma mão na máscara, abrir os dedos em “V” e pinçar o nariz (está não é indicada para águas contaminadas)

A associação de duas técnicas auxiliará o bombeiro na realização da manobra.

LEMBRE-SE: A gandola de manga comprida e botas de couro não devem ser retirados para realizar o mergulho emergencial. 

Tais peças são muito importante para proteger o bombeiro em tal situação.

Equipamentos Necessários
01 EPR, Fardamento incluindo (roupa de baixo, calça, gandola ou camisa gola “V”, meia, botina ou bota);
02 linhas de vida;
01 mosquetão;
01 faca ou corta fio.

Acessórios
Capacete de altura;
Lanterna;
Máscara carona para a vítima;
Ferramentas; 
e outros.

Procedimentos do Bombeiro
Sendo acionado durante o deslocamento da viatura:

1. Se a viatura possui EPR acoplado ao banco do passageiro:
Um integrante da guarnição usando apenas o fardamento deverá equipar-se com o EPR. Poderá ser usado o capacete de salvamento em altura, e preferencialmente usar a gandola de manga comprida para maior proteção.

2. Se a viatura não possui EPR acoplado ao banco do passageiro, chegando ao local:
a. Um integrante da guarnição usando apenas o fardamento (roupa de baixo, calça, gandola ou camisa gola “V”, meia, botina ou bota) deverá equipar-se com o EPR.
b. Outro integrante irá colher informações com testemunhas.
c. Havendo um terceiro integrante, este equipa-se com colete salva-vidas ou flutuador, e com uma linha de vida, e uma linha guia, sendo:
- A linha de vida do bombeiro, o que permite mesmo em água turva comunicar-se com o bombeiro, puxá-lo de volta, ou chegar ao mesmo. Esta linha é presa ao pulso do bombeiro, e
- A linha de vida para o mergulhador criar uma ligação entre o local de sinistro ou veículo submerso, e a superfície, o que permite mesmo em água turva chegar ao mesmo. Esta linha é fixada a um mosquetão de alumínio ou aço.

Havendo efetivo disponível e treinado na técnica de mergulho com EPR, poderá ser empregado mais de um bombeiro, especialmente quando houver mais de uma vítima ou seja necessário realizar um arrombamento ou corte com ferramentas.

Ajustando os tirantes da máscara, e conferindo a pressão no manômetro.

Colhendo informações com as testemunhas; e usando as linhas de vida (uma presa ao pulso do mergulhador, e a outra com um mosquetão à extremidade para prender ao objeto no fundo).

Linhas de vida – Direita em azul, presa ao pulso para chegar ao mergulhador; 
Linha guia - Esquerda em vermelho, com mosquetão na extremidade, para ancorar no veículo.

Ancorando a linha de guia ao veículo

Ancorando a linha de vida ao veículo

Não realizar mergulho emergencial com EPR sem proteção (farda, bota, etc.) e sem linha de vida

Procedimentos após o uso do EPR
O equipamento deve ser secado, limpo e revisado, de maneira que tenham um funcionamento normal fora da água.


FONTE DE REFERÊNCIA
MOM – MANUAL DE OPERAÇÕES DE MERGULHO
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo