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Incêndios em Metrovias

O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar poderá ser acionado para atender casos de incêndio nas instalações e/ou composições do Metropoli...

O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar poderá ser acionado para atender casos de incêndio nas instalações e/ou composições do Metropolitano de São Paulo. 

a. Face a estrutura e a tipicidade do seu serviço, não se pode prescindir da colaboração dos funcionários do Metrô, pois riscos desnecessários, caso contrário, poderão ocorrer.

b. Entretanto, a visão descrita nos artigos anteriores permite ao Comandante das operações no local, chegando ao local, ter pelo menos noção do que irá encontrar e, consequentemente, decidir como proceder.

c. A tática e técnica adequada para atender a ocorrência serão aplicadas com base em dados sobre a situação, sobre o local, dos recursos disponíveis, da extensão do problema, da existência de vítimas e das estratégias já operadas ou a serem executadas pelo Metrô.

d. Deve-se identificar quais os funcionários que estão em condições de auxiliar os integrantes do CB, tanto com informações e comunicações como ações imediatas.
1) Na estação - o seu Supervisor e, no impedimento, o Agente de operações.
2) No CCO - o seu Supervisor
3) No pátio - o Operador da torre.
e. As estações possuem um PPI (Plano Particular de Intervenção), o qual fica na SSO (Sala do Supervisor Operacional)

Posto de Comando na Via (PCV) “Organização do Próprio Metrô”
a. Será estabelecido um Posto de Comando toda vez que houver atuação do Corpo de Bombeiros em alguma emergência.

b. Quando o Corpo de Bombeiros for posicionado numa emergência principal, o Supervisor da estação local ou mais próxima estabelecerá o PCV com todos os recursos de comunicações, operações de emergência e coleta de dados disponíveis.

c. O Comandante de operações no local, será o responsável pelos serviços de atendimento no local onde houver uma emergência de incêndio, fumaça, atmosfera agressiva ou evacuação do trem e estação, com a assessoria do pessoal do Metrô.

d. De acordo com a gravidade, O Comandante de Operações no local solicitará, através do Centro Operações de Bombeiros (COBOM), reforços de meios e pessoal especializado, incluindo Oficiais Superiores, mesmo o Comandante do Corpo de Bombeiros, iniciando a instalação do SICOE.

Posto de Comando Operacional (PCO) “Organização do Próprio Metrô”
a. um Oficial do CB estará no PCO quando a emergência for de grande vulto, para coordenar as operações do CB no local, instalando o SICOE.

b. Deverá contar com todo e qualquer auxílio do pessoal CCO que o assessorará, no que for possível.

c. O Oficial do CB no PCV recorrerá ao PCO toda vez que necessitar de alguma informação, ou adoção de qualquer estratégia no sistema.

Comunicações
a. PCV e PCO - serão utilizados os HT (“Handie-Talkie”) na frequência do CB, para comunicação entre o PCV e a viatura e, desta para o Centro de Operações de Bombeiros (COBOM) do CB e vice-versa.

b. PCV e local - serão utilizados os HT, frequência do Metrô e/ou do Corpo de Bombeiros.

c. O sistema de audição pública poderá ser utilizado se necessário e se for conveniente, bem como os megafones.

Meios: Pessoal, Viaturas e Equipamentos
a. Qualquer atendimento de incêndio no Metrô requer a presença do Oficial de Área (Oficial Subalterno) e do Supervisor de Serviço (Oficial Intermediário).

b. Socorro mínimo padrão:
1) AC - comandante e mais dois homens;
2) AB ou ABE - comandante mais três homens;
3) AS ou ASE - comandante de guarnição mais três homens;
TOTAL: 3 viaturas e 11 homens.

c. Dependendo do vulto e implicações da ocorrência, o Supervisor de Serviço (Oficial Intermediário) ou Coordenador de Operações (Oficial Superior). assumirá o comando das operações no PCV e/ou PCO, estabelecendo-se o SICOE, propriamente dito, inclusive com as denominações de funções próprias do CB, onde obterá todos os dados disponíveis e coordenará todas as providências administrativas e operacionais tanto do Corpo de Bombeiros como do Metrô.

Incêndio no CCO
a. O CCO, localizado na Rua Vergueiro x Viaduto Paraíso, é o centro nervoso do Metrô de São Paulo e está incumbido de manter o automatismo do sistema.

b. Procedimentos.
1) O Centro de Operações de Bombeiros (COBOM) do Corpo de Bombeiros deverá obter os seguintes dados do CCO do Metrô.
a) natureza do fogo e localização exata;
b) se há vítimas;
c) possibilidades de propagação do fogo e fumaça para áreas vitais;
d) medidas adotadas para combate ao fogo e retirada do pessoal;
e) situação do sistema em movimento e estratégias operacionais adotadas pelo CCO; e
f) outros dados julgados úteis.

2) Socorrer vítimas.
3) Não usar água próximo aos computadores e demais equipamentos elétricos e eletrônicos.
4) No conjunto de computadores, o sistema de combate a incêndio fixo (CO2) deverá já ter sido acionado, caso contrário providenciar manualmente.
5) Os demais pavimentos são compostos por material e equipamentos de escritório, onde a água deve ser usada com proteção do material não atingido.
6) Evacuar o prédio, se o incêndio obrigar o uso de mais de uma linha 40mm ou se houver grande quantidade de fumaça e/ou perigo de desabamento.
7) Providenciar o corte de energia elétrica nas áreas afetadas, abastecendo-as com a iluminação de emergência existente, se for o caso.
8) Providenciar o desligamento do sistema de ar condicionado; caso o ambiente fique saturado de fumaça, provocar, se necessário, a ventilação quebrando algumas vidraças (o suficiente para a circulação do ar).
9) Providenciar o isolamento policial do local, para facilitar o trânsito de viaturas operacionais.
10) Manter os serviços essenciais do Metrô com o menor número de pessoas, se houver condições.

Incêndio no Pátio
a. O pátio de manobras é responsável pela manutenção do material rodante, instalações e demais equipamentos do sistema.

b. Procedimentos.
1) O Centro de Comunicações do Corpo de Bombeiros (COBOM) deverá ser informado do seguinte:
a) natureza do fogo e localização exata;
b) possibilidade de propagação do fogo e fumaça para áreas vitais;
c) se há vítimas;
d) medidas adotadas para combate ao fogo e retirada do pessoal;
e) situação do sistema em movimento e estratégias operacionais adotadas pelo CCO; e
f) outros dados julgados úteis.

2) Socorrer vítimas.
3) desernegização do (3º trilho) das vias de manobras do pátio (SPAP).
4) Evacuar os blocos atingidos se for necessário o uso de mais uma linha de 40 mm ou se houver grande quantidade de fumaça.
5) Proteger os blocos dos equipamentos elétricos e eletrônicos.
6) Isolar os blocos (H) e (I), respectivamente, almoxarifado e inflamáveis.
7) Caso necessário, isolar eletricamente a cabine primária ali existente.
8) O recuo adicional (“trackmobile”) poderá ser utilizado, se necessário (18). , i. , 4), Art VI).
9) A rede de hidrantes do pátio é pressurizada por moto-bomba diesel/elétrica e poderá alimentar as linhas necessárias para o combate;
10) Recorrer ao Supervisor da torre de controle (bloco (F)) para manobras nas vias internas do pátio.

c. O Posto de Comando Operacional (PCO) será instalado, de preferência na torre de controle.

d. O Comandante das Operações no local deverá ser cientificado pelo Operador da torre sobre a desenergização do 3º trilho, natureza do fogo, local e implicações, estratégias já adotadas e outras informações julgadas pertinentes.

Incêndio na Estação
a. As estações típicas ou não, possuem pouca carga-incêndio.
1) O Sistema de proteção contra incêndio está à altura do risco: detectores, instalações fixas de CO2 extintores e hidrantes.
2) O acesso às estações é muito fácil e somente em situações de grande movimento, é que haverá dificuldade de penetração da guarnição.
3) A fim de evitar o pânico e, se o fogo ou fumaça não forem visíveis, é conveniente que o Comandante das Operações no local leve pessoal o mais reduzido possível e com certa discrição.

b. Procedimentos.
1) O Centro de Comunicações do Corpo de Bombeiros deverá ser informado do seguinte:
a) se há vítimas;
b) linha envolvida;
c) tipo de estação e plataforma;
d) natureza do fogo e localização exata;
e) estação mais próxima;
f) acesso de emergência mais próximo;
g) estratégias operacionais adotadas pelo CCO e/ou Supervisor da estação; e
h) outros dados julgados úteis.

2) O Comandante das Operações no local deverá ser informado pelo Supervisor da estação sobre a situação e as medidas já adotadas.
3) Será instalado o Posto de Comando na Via (PCV) e, caso seja grave a situação, o Posto de Comando Operacional (PCO) será ativado.
4) As vítimas que necessitam de socorros, poderão tê-los ministrados na sala de primeiros-socorros de cada estação; as mais graves deverão ser removidas para hospitais e/ou prontos-socorros próximos (ver anexo I).
5) O Comandante das Operações no local solicitará a desenergização do (3º trilho) conforme a gravidade do incêndio ou se houver risco de vida.
a) Nenhum bombeiro poderá operar sem que esteja devidamente certo desta providência.
6) Usar água só em caso de incêndio descontrolado e de difícil isolamento, confinamento e extinção por outros meios.
a) A carga-incêndio de uma estação é reduzida, bem distribuída, ventilada, o que permite apenas a ocorrência de pequenos focos, porém a situação poderá ser outra.
7) O sistema de ventilação e exaustão deverá ser utilizado de acordo com as necessidades do momento, com orientação do Oficial do CB junto ao CCO.
8) O sistema de recalque da água que for utilizada no combate ao incêndio, deverá ser acionado como medida de proteção dos equipamentos e regiões não atingidas pelo incêndio.
9) O Comandante das Operações no local deverá providenciar junto ao CCO e Supervisão, a evacuação da estação nos seguintes casos:
a) havendo pânico dos usuários;
b) fumaça e outros gases que surjam;
e) calor excessivo;
f) para facilitar os serviços de socorro; e
g) se houver vítimas.

10) O Posto de Comando Operacional (PCO) instalado, solucionará e equacionará os casos e estratégias especiais, adotando outras precauções adicionais, julgadas necessárias.
11) A reenergização só ocorrerá após o término dos trabalhos, autorizado pelo Comandante das Operações no local.

Incêndio e Fumaça no Túnel
a. Como se observou , o Metrô tem 80% de sua linha por túneis.
1) Entre cada estação há saídas de emergência.
2) Dentro do túnel há passarelas laterais com corrimão que permitem apenas uma pessoa andando atrás da outra (largura aproximada de 1,00 m), em casos de necessidades de evacuação do trem ou acesso do bombeiro para atendimento em seu interior.
3) Por baixo dessas passarelas correm os cabos de baixa a alta tensão.

b. Procedimentos.
1) O Centro de Operações de Bombeiros (COBOM) deverá obter os seguintes dados do CCO do Metrô:
a) se há vítimas;
b) linha envolvida;
c) natureza do fogo e localização exata;
d) estação mais próxima e localização exata;
h) acesso de emergência mais próximo e localização exata;
i) estratégias operacionais adotadas; e
j) outros dados julgados úteis.

2) O Posto de Comando Operacional (PCO) deverá ser obrigatoriamente ativado e um funcionário do Metrô será a ligação entre o local da ocorrência e o PCV.
3) O Posto de Comando Operacional (PCO) também será obrigatório, motivo pelo qual um Oficial do CB se dirigirá para esse local.
4) O Comandante das Operações no local solicitará a informação do CCO de via desenergizada, não penetrando no túnel sem esta providência.
5) Retirar com segurança todas as pessoas (usuários) do interior do túnel, através das estações e/ou saídas de emergência e socorrer as vítimas.
6) Usar água em caso de extrema necessidade; outro agente extintor seco será melhor, se aplicado.
7) O sistema de ventilação e exaustão deverá ser utilizado de acordo com as necessidades do momento e com orientação do Comandante das Operações no local.
8) Acionar o sistema de iluminação de emergência, onde e quando for necessário.

Incêndio nas Composições
a. A unidade padrão de composição é de seis carros.
1) A construção destes carros obedeceu a critérios de possuir o mínimo de material combustível, porém, existem alguns: borracha (piso), forrações de madeira, cabos, bobinas, PVC, lã de vidro etc).
2) Na realidade os componentes de um carro quando queimarem produzirão mais fumaça do que fogo; portanto, o pânico será iminente naquela situação.
3) A composição em pane deverá chegar à estação mais próxima, para retirada dos usuários.

b. Procedimentos.
1) O Centro de Operações de Bombeiros (COBOM) deverá obter os seguintes dados do CCO do Metrô:
a) se há vítimas;
b) a linha envolvida;
c) natureza do fogo e localização exata;
d) estação mais próxima e localização exata;
e) acesso de emergência mais próxima e localização exata;
f) estratégias operacionais adotadas (PPI); e
g) outros dados julgados úteis.

2) O Posto de Comando na Via (PCV) deverá ser obrigatoriamente ativado e um funcionário do Metrô será a ligação entre o local da ocorrência e aquele PCV.
3) O Comandante das Operações no local solicitará a informação do CCO de via desenergizada não empenhando a(s) guarnição(ões) até que isto seja executado.
4) Acionar o sistema de iluminação de emergência, onde e quando for necessário.
5) Retirar com segurança todos os usuários do interior do trem, através das estações e/ou saídas de emergência e socorrer as vítimas.
6) Usar agente extintor seco e/ou água em extrema necessidade.
7) Aproveitar o sistema de exaustão dos carros para retirar a fumaça gerada.
8)Deslocar a composição atingida para estacionamento de emergência com o concurso do pessoal do Metrô.

Incêndio e Fumaça nas Adjacências
a. Os cuidados principais com incêndios externos próximos à estações, torres de ventilação, CCO, via, subestações elétricas etc, merecem especial atenção e cuidados do Comandante das Operações no local quanto a:
1) infiltração de água usada para combater o incêndio;
2) penetração de fumaça nas instalações metroviárias;
3) superaquecimento de estruturas; e
4) formação de pânico dos usuários

b. Toda vez que houver este caso o Centro de Operações de Bombeiros (COBOM) deverá cientificar o CCO do Metrô, para providências julgadas oportunas e convenientes para o funcionamento do sistema.

Explosões com Incêndio
a. As explosões normalmente provocam sérios danos à estrutura física da edificação, além de atingir grande número de pessoas das proximidades.

b. Procedimentos.
1) O Centro de Operações de Bombeiros (COBOM) deverá obter os seguintes dados do CCO do Metrô:
a) se há vítimas;
b) a linha envolvida;
c) natureza do fogo e localização exata;
d) estação mais próxima e localização exata;
e) acesso de emergência mais próxima e localização exata;
f) estratégias operacionais adotadas; e
g) outros dados julgados úteis.

2) O Posto de Comando na Via (PCV) e o Posto de Comando Operacional (PCO) serão, obrigatoriamente, instalados e ativados.
3) Atingindo via e/ou estação e/ou pátio, o Comandante das Operações no local solicitará a desenergização do (3º trilho) e funcionamento da eletrificação de emergência.
4) O local deverá ser isolado;
5) Retirar com segurança todas as pessoas do local atingido, socorrendo as vítimas.
6) Remover destroços que ponham em risco a segurança de pessoas e desimpedir as vias.
7) Combater o incêndio gerado pela explosão usando os meios adequados de acordo com a classe.
8) eliminar as possíveis fontes causadoras de explosão, após ligeira vistoria do local (observar vazamentos de gases, formação de poeiras, produtos químicos explosivos etc).


FONTE DE REFERÊNCIA
MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIO E SALVAMENTO EM COMPOSIÇÕES METROVIÁRIAS, FERROVIÁRIAS TÚNEIS RODOVIÁRIOS
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo