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Regras para o Salvamento em Enchentes e Rios

1º - Usar sempre o equipamento adequado, a começar de um colete salva-vidas apropriado : os bombeiros que atuam como socorristas têm um...

- Usar sempre o equipamento adequado, a começar de um colete salva-vidas apropriado: os bombeiros que atuam como socorristas têm uma grande chance de cair acidentalmente na água. Além do que o colete é a única garantia absolutamente segura de que o bombeiro não afundará nas águas das enchentes. O colete deve ser de um tamanho apropriado e específico para o trabalho em enchentes e rios.

Outro equipamento é o capacete. Se tiver que escolher entre o capacete Gallet (para incêndio) e nenhum capacete, escolha nenhum capacete: o capacete para incêndios é especifico para tal, servindo como um contra peso no caso de ficar cheio d’água. Os capacetes específicos para o salvamento aquático têm drenos e são mais leves, não permitindo o acúmulo da água.

- A prioridade na ocorrência é sempre salvar primeiro a si próprio, depois salvar os colegas de equipe e só então salvar as vítimas: Se o bombeiro não tiver a segurança para executar seu próprio salvamento, ele será uma vítima em potencial, que além de não salvar a vítima poderá perecer junto a ela. Se a equipe não se mantiver integra, ela não conseguirá executar o salvamento da vítima: 02 bombeiros salvam uma vítima, mas 01 bombeiro e 01 vítima não salvam outro bombeiro.

- Sempre manter observadores rio acima do local da ocorrência, preferencialmente nas duas margens do rio, córrego ou via inundada: um grande número de objetos ou mesmo estruturas (carros, troncos de árvore, cilindros etc.) são carregados pela correnteza. Os observadores, munidos de apitos ou rádios, são fundamentais para avisar da chegada eminente de algum objeto perigoso, alertando as equipes de salvamento.

- Tenha sempre um plano alternativo para o salvamento: deve-se sempre pensar antecipadamente no que fazer se o primeiro plano falhar ou se ele se mostrar inexequível.

- Tenha sempre seguranças e sistemas de segurança rio abaixo: deve-se ter em mente que algum membro da equipe de salvamento ou até mesmo a vítima, acidentalmente, cair na água. Para tanto deve ser empregado sistemas de captura, como os varais de espera, e bombeiros com sacolas de arremesso.

- Nunca tente ficar em pé no leito do rio, canal ou área inundada com correnteza: ficar em pé numa área com correnteza é um risco tremendo pois, como não se tem uma certeza do leito, pode-se ter o pé preso em um buraco, vala ou reentrância, o que pode ocasionar desde uma fratura até um afogamento. Se o bombeiros estiver na correnteza ele deve ou ficar na posição de natação defensiva (boiando de costas) ou nadando. Nunca em pé.

- Nunca conte com a vítima para ajudar no seu próprio salvamento: geralmente a vítima está debilitada após um longo contato com a água, podendo ainda apresentar um quadro de hipotermia ou uma fadiga extrema. Acreditar que ela seja capaz de seguir instruções específicas pode ser um erro. Deve-se executar todas as ações por ela, valendo lembrar a regra explorada na regra 4.

- Nunca amarre uma corda em volta do socorrista: se houver uma corda amarrada entorno do bombeiro ele poderá ser afundado pela força da água sem conseguir se safar da situação. Os coletes salva-vidas com soltura rápida existentes atualmente no Corpo de Bombeiros devem ser utilizados para prender o socorrista a uma corda, uma vez que garantem a soltura da corda caso a correnteza se torne muito forte e venha afundar o bombeiro mesmo com o colete.

- Quando tencionar uma corda entre as margens de um curso d’água para ser usada como um sistema de captura, nunca o faça em um ângulo reto em relação às margens: se a corda estiver tencionada em um ângulo reto em relação às margens, qualquer pessoa ou objeto que for capturado por esse sistema ficará retido no local onde a correnteza é mais forte, ou seja, no local mais inseguro.

10º - Quando tencionar uma corda que atravesse o curso d’água, sempre fique rio acima em relação a esta corda: o tencionamento desta corda com a captura da vítima poderá jogar o bombeiro dentro do rio ou da enchente se ele estiver rio abaixo em relação a ela.

11º - Uma vez feito o contato com a vítima, nunca a perca: o abandono da vítima no meio de uma enchente é extremamente mal visto pela população e legalmente apurado pelos poderes constituídos, podendo acarretar punições nas mais diversas esferas para o socorrista e toda a equipe envolvida. É obrigação legal do Corpo de Bombeiros executar o salvamento em condições extremas, devendo cada integrante da corporação se preparar para o atendimento das ocorrências previsíveis em sua área de atuação.


FONTE DE REFERÊNCIA
MSE – MANUAL DE SALVAMENTO EM ENCHENTES
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo