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Salvamento com Auxílio de Escadas Portáteis

Em ocorrências que demandem o transporte de vítimas em macas em locais de baixa altura, difícil acesso e saída, especialmente para a manip...

Em ocorrências que demandem o transporte de vítimas em macas em locais de baixa altura, difícil acesso e saída, especialmente para a manipulação de vítimas imobilizadas, pela necessidade de descida, içamento, realização de curvas ou movimentações excessivas e bruscas, representando risco desnecessário à vítima, bem como em situações em que não dispomos de um ponto de ancoragem confiável ou alinhado para a remoção da vítima, podemos nos valer de técnicas de salvamento com o auxílio de escadas portáteis.

Podemos citar alguns exemplos de situações comuns nos quais estas técnicas podem ser oportunamente aplicadas, como no caso de um morador que sofre uma descarga elétrica em sua laje quando tentava instalar ou arrumar sua antena de TV, uma criança vítima de queda em telhado quando empinava pipa ou qualquer outra situação em que a descida da vítima pelo local por onde ela subiu se torne impraticável.

Escada Trilho
Esta técnica consiste de utilizar a escada como um trilho, proporcionando um plano inclinado para o deslize da maca, quer para descida, quer para içamento.


Execução:
1. A vítima imobilizada em prancha longa é fixada no SKED ou maca-cesto, sendo montados os tirantes de transporte e a corda guia.
2. A escada prolongável deverá ser arvorada em local seguro, de modo que permaneça inclinada com uma angulação suave e segura, se possível menor ou igual a 45 graus;
3. A maca é ancorada através de seu ponto de fixação superior;
4. A corda é instalada em um freio oito ou rack fixo (no caso de descida) ou em um sistema de vantagem mecânica (no caso de içamento);
5. A maca deve ser assegurada para seu posicionamento sobre os banzos da escada;
6. Dois bombeiros serão responsáveis pela corda guia e recepção da vítima, enquanto outros dois bombeiros asseguram a descida da vítima.
7. Conferida toda a segurança, checadas as funções e estando todos prontos, o comandante da operação determina para que avancem a maca e que, cuidadosamente, a mesma deslize sobre a escada.
8. A descida é controlada pela corda instalada ao freio fixo e orientada pela corda guia, até que a maca chegue em segurança ao solo.
9. No caso de içamento, o sistema de freio é substituído por um sistema de vantagem mecânica.

Escada Mão-Francesa
Esta técnica consiste em utilizar a escada como ponto de ancoragem e proporcionar um vão para a descida segura da vitima.

Execução:
1. A vítima imobilizada em prancha longa é fixada no SKED ou maca-cesto, sendo montados os tirantes de transporte e a corda guia.
2. A escada prolongável deverá ser arvorada em local seguro, realizando a fixação da peça “oito” em seu topo com fita tubular
3. Os croques deverão ser fixados na escada prolongável com cabo da vida, de modo que fiquem paralelos ao solo e presos ao degrau, o que possibilitará o avanço da escada e a formação de um vão livre para passagem da maca
4. Faça o nó oito duplo na corda, instalando-a na peça oito, fixa na escada;
5. Desloque a vítima junto a escada para conectar o mosquetão da maca ao nó duplo oito;
6. Dois bombeiros serão responsáveis pelo apoio e segurança na base da escada pela corda guia e recepção da vítima.
7. Dois outros bombeiros ficarão responsáveis respectivamente pelos croques (avanço da escada) e um terceiro pela liberação da corda e descida da vítima.
8. Conferida toda a segurança, checadas as funções e os estando todos prontos, o comandante determina para que avancem a escada e que, cuidadosamente, a maca seja colocada no vão.
9. A descida é controlada pela corda instalada ao oito fixo e orientada pela corda guia até que a maca pouse em segurança no solo.

Escada Rebatida
Método através do qual a vítima chega ao solo fixando-se a maca ao topo da escada, colocada junto à edificação a 90º. À medida em que a escada é tombada, a maca vem descendo até “repousar” sobre os banzos da escada, na horizontal. Este método requer espaço suficiente para o rebatimento, livre de fios, automóveis, etc, e é imprescindível que o pé da escada fique estável.

Execução:
1. A vítima imobilizada em prancha longa é fixada no SKED ou maca-cesto, sendo montados os tirantes de transporte;
2. A escada prolongável deverá ser arvorada em local seguro, realizando a fixação do tirante confeccionado por fita tubular ou cabo da vida no topo da escada em ambos os banzos;
3. Ancore duas cordas no pé da maca, em ambos os lados, para controle da descida, utilizando freio oito com passagem rápida ou o próprio corpo passando a corda por cima do ombro e por trás das costas;
4. Devem ser instaladas cordas para controle da descida da escada por dois bombeiros que servirão também de corda guia;
5. A maca é suspensa e levada próxima à escada para a fixação dos tirantes pré-confeccionados aos banzos da escada;
6. A escada encostada na parede deve ser estabilizada por um bombeiro no solo;
7. Conferida toda a segurança, checadas as funções e os estando todos prontos, o comandante determina para que avancem a escada e para que os bombeiros liberem cuidadosamente a corda que controla a escada para que a maca seja colocada no vão;
8. Com a maca no vão, os bombeiros responsáveis liberam simultaneamente a corda para que a maca desça nivelada ou com a cabeça ligeiramente elevada;
9. A liberação é gradual até que a escada e a maca cheguem ao solo.


FONTE DE REFERÊNCIA
MSA – SALVAMENTO EM ALTURA
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo