Fatores como o estado em que a vítima se encontra (consciente ou inconsciente, calma ou em pânico, com ou sem traumas), a quantidade (um...
Fatores como o estado em que a vítima se encontra (consciente ou inconsciente, calma ou em pânico, com ou sem traumas), a quantidade (uma, duas ou mais vítimas), o local (urbano ou rural), a possibilidade de queda (potencial ou iminente) e outros riscos, irão nortear a ação se socorro a ser implementada pelas equipes de salvamento.
O conhecimento das técnicas deve ser aliado a horas de treinamento direcionado a cada situação particular e previsível, a fim de que o bombeiro não seja surpreendido no momento da ocorrência.
Antes de qualquer intervenção, um rápido e prévio planejamento deve considerar os riscos e peculiaridades da ocorrência, a fim de que seja estabelecida e estratégia e técnica a ser empregada no salvamento.
Vítima-Bombeiro - Chamamos de vítima-bombeiro a técnica em que a vítima desce junto ao bombeiro, entre suas pernas, o que requer procedimentos específicos para segurança da operação e para que o bombeiro tenha controle suficiente da descida.
Para controle do rapel, necessitamos de maior atrito da corda ao freio pois, além do peso do bombeiro, há o peso da vítima a ser suportado. Para tanto, podemos utilizar a passagem dupla da corda e, neste caso, o socorrista deverá manter a mão de comando afastada do corpo, evitando a sobreposição das voltas ou a passagem de uma alça adicional pelo mosquetão, antes da inserção do oito.
Passagem dupla pelo freio oito:
Passagem de alça adicional pelo mosquetão:
A cadeira da vítima não deve ser conectada diretamente à cadeira do bombeiro mas ao aparelho de freio, devendo haver uma distância suficiente para que a vítima tenha contato físico com o socorrista, sem no entanto correr o risco de tocar ou enroscar-se ao freio, podendo ser utilizada uma fita tubular ou costura da cadeira da vítima ao freio.
O bombeiro deve manter contato verbal com a vítima, tranquilizando-a, e utilizar as pernas e a mão de apoio para protegê-la de eventuais obstáculos durante a descida.
Bombeiro-Vítima
Através desta técnica são instalados dois freios à corda, ao de cima ancora-se a vítima e, ao debaixo o bombeiro que, descendo primeiro, controla do chão a descida da vítima. Ambos posicionam-se no vão e, enquanto o bombeiro estiver descendo, seu próprio peso mantém a vítima parada, cuja descida é iniciada quando o bombeiro tocar o solo e solecar a corda, comandando o rapel. Tem o inconveniente do bombeiro perder o contato com a vítima, que efetua a descida isoladamente.
Variação da técnica bombeiro-vítima: unidos por uma costura ou fita tubular, iniciada a descida, bombeiro e vítima descem juntos, evitando-se a descida isolada da vítima.
FONTE DE REFERÊNCIA
MSA – SALVAMENTO EM ALTURA
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo