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Atividades de Apoio

São essenciais nas operações realizadas no local de incêndio. Tais atividades incluem: entradas forçadas, ventilação e aberturas de aces...

Atividades de Apoio
São essenciais nas operações realizadas no local de incêndio. Tais atividades incluem: entradas forçadas, ventilação e aberturas de acesso. Vários fatores determinam o nível de apoio necessário, inclusive a natureza da estrutura, a extensão e local do fogo, conservação da propriedade e a fase da operação (salvamento, controle do fogo, etc.).

O comandante da emergência deve administrar o equilíbrio entre o apoio e o ataque. O gerenciamento falho das atividades de apoio pode mudar o quadro estratégico, passando do modo ofensivo para defensivo.

O controle do fogo exige forças para acessá-lo diretamente. O comandante da emergência tem que concentrar esforços nas atividades de apoio, no sentido de remover barreiras que impedem a rápida ação das guarnições. Tais barreiras podem existir em função do próprio modelo construtivo da edificação.

É necessário prever reforço para os bombeiros que atuam no combate interior, até mesmo como atividade de apoio, fortalecendo a ação ofensiva. O incremento do fogo reduz a possibilidade de atividades de apoio e aumenta o risco para as guarnições.

O planejamento prévio de incêndio é a chave para obtenção de informações necessárias, que auxiliarão na tomada de decisão no local de incêndio, relativo ao apoio, principalmente no que se refere ao abastecimento d’água.

As atividades de apoio na verdade só contribuem para as ações táticas e devem ser vistas como um elemento complementar das tarefas atribuídas às guarnições.

O posicionamento tático é um fator primordial para se prover o apoio adequado. Quanto mais internamente à edificação as guarnições avançarem, maiores serão os esforços necessários para a eliminação de barreiras. Sendo assim, o apoio deve auxiliar as guarnições a se posicionarem corretamente.

Equipes de apoio devem caminhar juntas com as operações de salvamento e combate. O comandante da emergência, em sintonia com os comandantes de setores, devem coordenar de modo adequado as operações de apoio.

Atividades de apoio normalmente são executadas por guarnições específicas de salvamento. Se tais guarnições específicas não estão no local do incêndio, o comandante da emergência deve atribuir a missão de apoio a outra guarnição diversa e deve resistir à tentação de lançar água em excesso no fogo. Sendo assim, todas as guarnições devem estar preparadas para prover apoio às guarnições de combate.

O dano primário é causado pelo fogo, enquanto que o dano secundário é causado pelas operações de salvamento e de apoio. A conservação da propriedade, por meio da proteção de salvados, requer que o dano secundário seja controlado. O controle efetivo do fogo contribui para que o dano secundário reduza o dano primário.

Entradas forçadas são necessárias quando barreiras impedem o acesso à área do fogo. Essa entrada deve ser feita com nível de segurança adequado e de modo técnico, sem improvisos. Quanto mais intenso o fogo, maior é a justificativa da entrada forçada. O dano provocado pela entrada forçada é muito menor se comparado aos danos causados pelo fogo intenso.

A ventilação é uma função de apoio bastante importante, que previne o crescimento rápido do fogo, permitindo o acesso de outras guarnições para o reforço no combate, além de aumentar a segurança das guarnições que estejam no combate interno propriamente dito. A combinação da ventilação com o ataque reduz a probabilidade da ocorrência do flashover e do backdraft.

A correta ventilação fará com que a fumaça, o calor e os demais gases desloquem-se para cima, permitindo melhores condições para acesso, visibilidade e posicionamento das guarnições no interior da edificação. Essa condição mais confortável, melhora a habilidade do bombeiro para controlar o fogo e acessar o ambiente. De acordo com as condições do incêndio e a própria estrutura da edificação, a ventilação pode ser feita de várias maneiras.

A maioria das atividades de ventilação acontece no telhado, requerendo um bom entrosamento entre o responsável pelo setor do telhado com o responsável pelo setor interno. As aberturas no telhado devem ser feitas onde não exista possibilidade de propagação do fogo e riscos adicionais para as guarnições. Os bombeiros devem ser impedidos de usar a abertura realizada no telhado para acrescentar água ao fogo ou para prover acesso de mangueira e demais equipamentos.

A segurança na ventilação requer o estabelecimento de posições iniciais na área mais segura e o uso contínuo dessa área para eventual retirada e refúgio através de rotas de fuga, além da verificação constante das condições do telhado, mantendo o mínimo possível de bombeiros sobre ele, durante a realização da ventilação.

Operações de acesso baseiam-se no fato de que todo espaço interior é desconhecido. O acesso deve proporcionar que áreas sejam abertas para permitir a aplicação de água diretamente ao fogo. O comandante da emergência deve ser corajoso no começo das operações de acesso e tomar precauções durante sua realização, assumindo até mesmo uma avaliação pessimista em relação à extinção do fogo. 


FONTE DE REFERÊNCIA
METCI – MANUAL DE ESTRATÉGIA E TÁTICA DE COMBATE A INCÊNDIO
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo