O estacionamento e a sinalização deverão obedecer ao POP especifico (POP Estacionamento de Viatura). O motorista da 1ª viatura a chegar ...
O estacionamento e a sinalização deverão obedecer ao POP especifico (POP Estacionamento de Viatura). O motorista da 1ª viatura a chegar no local deverá estacionar a uma distância aproximada de 10 metros, sendo que esta distância poderá ser alterada caso seja verificado algum risco adicional, como vazamento de produtos perigoso, etc. A viatura deverá ser usada como uma proteção para o local, devendo ser parada em diagonal, fechando a faixa do acidente, bem como a faixa ao lado, protegendo desta forma as vítimas e as guarnições que trabalham no acidente.
Posição de estacionamento da viatura
As rodas da viatura deverão estar voltadas para fora do local do acidente, pois se a viatura sofrer uma colisão na traseira não será lançada contra as guarnições e autos acidentados. Deverão ser deixados os sinais luminosos ligados, para maior sinalização e proteção do local de ocorrência.
Sinalizar o Local da Ocorrência
Sinalização é a forma de indicação ou advertência quanto à existência de obstáculos ou riscos (POP Estacionamento de Viaturas). Nas vias, a disposição dos cones é definida em função do fluxo de veículos registrado no local, da velocidade permitida para a via, pela legislação, e das características e condições do local.
Considerando a capacidade refletiva dos cones, o que permite que eles sejam visualizados a pelo menos 120 metros, eles devem ser colocados iniciando-se a sinalização a uma distância da viatura estacionada equivalente a 1 metro para cada Km/h permitido para a via, ou seja, numa via em que a velocidade permitida é 80 Km/h, devemos iniciar a sinalização a uma distância de 80 metros da viatura.
Os cones devem ser distribuídos a cada 20 e no máximo 25 metros um do outro, formando um triângulo, conforme se vê nas figuras abaixo. Com isto com apenas 5 cones podemos efetuar quase todas os esquemas de sinalização dos locais de estacionamento.
Mão única - Estacionamento em local permitido pelo CTB
Mão única - Estacionamento em local não permitido pelo CTB
Isolamento
Isolamento de área é a delimitação do espaço de trabalho dos bombeiros e equipamentos em razão de uma emergência ou de áreas de risco temporário. O isolamento deverá ser feito pelo motorista da viatura, devendo ser utilizada a fita de isolamento, sendo amarrados em locais disponíveis, como árvores, postes e em último caso viaturas.
O isolamento deverá ter a distancia mínima de 10 metros para todos os lados, lembrando-se também que, onde tivermos um desencarcerador sendo operado, não podemos ter ninguém a uma distância menor de que 5 metros sem EPI.
Motorista isolando local de ocorrência
À distância do isolamento pode variar de acordo com a natureza, tipo de colisão e risco específico existente no local. Em local com vazamento de combustível, não se deve parar atrás. Quando houver vazamento de combustível, o isolamento deverá ser feito de no mínimo 30 (trinta) metros para todos os lados.
Quando o acidente envolver produtos perigosos à distância deverá obedecer ao previsto no Manual da ABIQUIM.
- Área restrita (1) é a área onde o atendimento é realizado, somente é permitida a permanência neste local do pessoal envolvido diretamente com a ocorrência ou as viaturas cujo emprego seja indispensável, tendo em vista a necessidade de posicioná-la o mais próximo do sinistro ou que o emprego do material por ela transportado implique em que os bombeiros tenham de recorrer várias vezes às viaturas para buscá-lo ou controlá-lo.
Somente o pessoal e material com previsão de emprego contínuo desde o início até o término da ocorrência devem permanecer nessa área. A área restrita corresponde ao local do acidente, do incêndio, do vazamento ou exposição, oferecendo riscos reais à integridade física do bombeiro compreendendo também as frentes de trabalho.
- Área de acesso limitado (2) é o local onde se postam os bombeiros e viaturas que auxiliam diretamente os que estão empenhados na área restrita. Nesta área estão os bombeiros com os equipamentos e viaturas cujo emprego seja necessário em determinadas fases táticas, mas não continuamente. Nela ficarão as ferramentas hidráulicas, extintores, linhas de proteção e aparelhos de iluminação, como reserva operacional.
- Área de suporte (3) é a área que circunda a área de acesso limitado; os que não estão trabalhando diretamente na ocorrência, nem auxiliando; devem aguardar a sua intervenção eventual dirigindo-se para o local indicado quando determinado pelo Posto de Comando.
Esquema das áreas de estacionamento
Vistoria Interna
A Vistoria Interna deverá ser feita pelo Cmt da Guarnição, junto aos autos acidentados, o qual realiza as seguintes missões:
• Analisa riscos potenciais para as vítimas e bombeiros:
- Vazamento de combustível;
- Fios energizados próximos aos veículos acidentados;
- Vítimas sob os veículos;
• Olha para dentro do veículo verificando quantas vítimas, traumas e lesões aparentes, consciência;
• Verifica travamento das portas;
• Verifica vidros abertos;
• Coloca os calços no. 4 nos locais indicados para estabilização;
• Determina em qual lado que será iniciado o acesso pelas as portas.
Vistoria interna
Vistoria Externa
A Vistoria Externa deverá ser feita pelo Subcmt (no. 2), a uma distância de 3,5 metros a 7,0 metros dos autos acidentados, girando em sentido contrário ao realizado pelo Cmt na vistoria interna, realizando as seguintes missões:
- Abre a lona no lado determinado pelo Cmt, deixando próximo à porta, a alavanca e a ferramenta hidráulica combinada;
- Questiona testemunhas sobre o acidente;
- Verifica vítimas que tenham sido atropeladas, que tenham sido lançadas, que tenham saído andando dos autos acidentados.
Equipe de Salvamento
No. 1 - Comandante
No. 2 - Subcomandante
No. 3 - Motorista
No. 4 - Auxiliar especializado
Materiais a serem Levados para a Ocorrência
No. 1 - Comandante: Leva os calços e sacador de válvula ou pequenas cunhas;
No. 2 - Subcomandante: Leva a lona, alavanca, ferramenta combinada e serra-sabre;
No. 3 - Motorista: Leva extintor ou uma linha de mangueira pressurizada e os demais materiais para a lona (calços, outras ferramentas hidráulicas, prancha longa, bolsa de resgate);
No. 4 - Auxiliar especializado: Leva 2 cobertores, moto-bomba e O2 portátil.
Obs. O Cmt e o motorista deverão estar com HT (rádio de comunicação).
Funções de cada Integrante da Guarnição e Ações a serem Executadas
No. 1 - Comandante:
- Informes iniciais da ocorrência;
- Faz a Vistoria Interna;
- Requalifica os informes;
- Estabilização do veículo;
- Determina o lado de acesso e posicionamento da lona para a concentração de materiais;
- Escolhe qual a técnica que será usada para o acesso e retirada da vítima;
- Usa a alavanca criando o acesso para a ferramenta combinada;
- Opera a serra-sabre;
- Apóia a prancha longa caso haja a necessidade do rebatimento de teto;
- Verifica riscos durante todo o atendimento.
No. 2 - Subcomandante:
- Posiciona a lona em local determinado pelo Cmt. onde serão concentrados os materiais usados na ocorrência;
- Faz a Vistoria Externa;
- Opera a ferramenta hidráulica;
- Apoia a prancha longa caso haja necessidade do rebatimento de teto.
No. 3 - Motorista:
- Sinaliza o local com cones;
- Informa as vias de acesso para as demais viaturas;
- Faz a proteção do local com extintor ou linha de mangueira pressurizada;
- Isola o local;
- Leva os demais materiais para a lona;
- Desliga a bateria;
- Usa o fluido de corte para a serra-sabre;
- Faz o rebatimento do teto caso haja necessidade;
- Coloca as sacolas de proteção de ferragens.
No. 4 - Auxiliar especializado:
- Faz a conexão da ferramenta à moto-bomba;
- Faz o acesso ao interior do veículo;
- Desliga o carro, retira as chaves e joga-as para fora do veículo;
- Puxa o freio de mão;
- Destrava as portas e abaixa os vidros manuais;
- Faz a Análise da Vítima e cobre-a com cobertor.
FONTE DE REFERÊNCIA
MSTE – MANUAL DE SALVAMENTO TERRESTRE
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo