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O que Evitar em uma Abordagem Psicológica

Mentir, Prometer ou Seduzir - Em nenhuma ocasião mentir para passar, pois ao descobrir a verdade sentir-se- á enganado e o vínculo que ...

O que Evitar em uma Abordagem Psicológica
Mentir, Prometer ou Seduzir - Em nenhuma ocasião mentir para passar, pois ao descobrir a verdade sentir-se- á enganado e o vínculo que possa existir será perdido.

Deve-se prometer somente aquilo que atende a resolução para suas carências emocionais, se apega ou se distancia afetivamente. A vítima pede às vezes carinho, proteção, ajuda ou apenas atenção, às vezes pede coisas materiais (bolacha, revista, cigarro, etc). Usando de bom-senso, frente a um pedido da mesma, somente prometer algo, sempre que isto estiver dentro das possibilidades e de uma atuação adequada.

A vítima de caso psiquiátrico de posse das informações, frente à situação em que se encontra pode em várias ocasiões fazer tentativas de testes para perceber pontos fracos. Um dos testes mais comuns é quando pede algo e ameaça com agressão se não for satisfeita sua vontade.

Nestes casos nunca devemos ameaçar, desafiar ou satisfazer a vontade da vítima, de maneira educada orientar sobre o que pode ser feito, assim como lhe mostrar a ajuda que pode ser proporcionada.

Deve-se deixar claro que o profissional do Corpo de Bombeiros não está ali para ser ameaçado ou agredido. Devemos perceber a tentativa da vítima em tirar proveito de uma situação e não cair nessa “armadilha”, para não satisfazer sua vontade caso ela seja inadequada ou não terapêutica.

Não enganar a vítima dizendo, por exemplo, que ao chegar na unidade vamos lhe dar o que pede. Também é comum acontecer de o profissional frente a essa situação e ao se sentir inseguro e/ou com medo satisfaça a vontade da vítima, mas lembrar sempre que a vítima pode vir a pedir cada vez mais ao ser atendido na primeira e chegar a uma situação insustentável.

Por isso, na primeira tentativa de teste já limitar a ação da vítima.

Chamar por Nomes Jocosos
Chamar a vítima pelo seu nome e nunca colocar apelidos, ou, mesmo que de forma carinhosa e respeito nunca chamar de “irmão”, “tia”, “avó”, “mano”, etc. Não se deve fazer comentários negativos sobre a vítima entre a equipe, com os familiares ou acompanhantes.

Ser Agressivo ou Ríspido
Em nenhum momento ser agressivos verbal ou fisicamente com a vítima, nos casos de agressividade usar da ação física somente para se proteger, mas de forma alguma para agredir. Adotar a técnica de contenção física quando necessário, procurando não agredir a vítima para contê-la.

Também se deve atuar de forma educada e firme, demonstrando atenção, sem ser grosseiros, mal-educados, ríspidos ou agressivos verbalmente.

Ameaçar a Vítima
Para obtermos uma postura adequada da vítima, em situação nenhuma ameaçá-la com pressões morais, físicas ou de tratamento.

Desafiar a Vítima
Há vítimas que ameaçam o profissional frente a uma situação, mas deve-se lidar não com a ameaça e sim com a necessidade da vítima. Frente a um desafio mostrar a nossa função de ajuda, as complicações que o ato irá causar e a postura que terá que adotar em seguida.

Julgar, dar Opinião Pessoal e Aconselhar
Mesmo que a vítima ou familiar peça, não emitir opinião pessoal ou julgar a vítima, atos que tenha feito ou que queria fazer, direcionar de maneira enganosa o que é desejável que ela faça.

O mesmo não deve ocorrer quanto a dar conselhos, pois isso pode piorar em muito o estado da pessoa.

É comum a equipe que atende a uma tentativa de suicídio, em que considera a forma suave ou leve (a pessoa quis chamar a atenção), emitir julgamentos ou opiniões, dar conselhos do tipo: “já que quer morrer por que não dá um tiro na cabeça”, “se matar é pecado, Deus não quer” (sic).


FONTE DE REFERÊNCIA
MGCESAT – MANUAL DE GERENCIAMENTO DE CRISES ENVOLVENDO SUICIDAS E ATENTADOS TERRORISTAS
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo