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Lixo Atômico

Os materiais radioativos, que são gerados em uma variedade de instalações nucleares, como reatores nucleares, usinas de beneficiamento d...

Lixo Atômico
Os materiais radioativos, que são gerados em uma variedade de instalações nucleares, como reatores nucleares, usinas de beneficiamento de minério e unidades do ciclo do combustível nuclear, assim como em laboratórios de pesquisa e hospitais, podem existir em diversas formas, incluindo sólida, líquida ou gasosa. Devido à natureza intrinsecamente perigosa da radiação que esses materiais emitem, eles não podem ser descartados de maneira convencional, como simplesmente jogá-los fora ou colocá-los no lixo comum. A radiação emanada por esses materiais representa um risco significativo para a saúde humana e para o meio ambiente, tornando imperativo um manejo cuidadoso e especializado.

Esses materiais, que perderam sua utilidade operacional e são considerados perigosos devido à sua radioatividade, recebem a denominação de rejeitos radioativos. A gestão desses rejeitos envolve processos rigorosos de acondicionamento, armazenamento e descarte, seguindo normas e regulamentos estritos para garantir que não haja liberação de radiação para o ambiente e que a segurança pública seja mantida. Além disso, o tratamento e a disposição final dos rejeitos radioativos são aspectos cruciais dentro do campo da gestão de resíduos nucleares, exigindo tecnologias avançadas e práticas seguras para mitigar quaisquer possíveis impactos adversos.

Os rejeitos radioativos são definidos como materiais radioativos que, devido à sua radiação e à falta de utilidade, são destinados ao descarte seguro e controlado. Estes rejeitos são uma preocupação contínua para a indústria nuclear e para as autoridades reguladoras, exigindo vigilância constante e inovação tecnológica para assegurar que sejam tratados de forma a proteger as gerações atuais e futuras dos perigos da radiação.

Tratamento dos Rejeitos Radioativos
Os rejeitos radioativos precisam ser tratados, antes de serem liberados para o meio-ambiente. Tal liberação só ocorrerá quando o nível de radiação for igual ao do meio-ambiente e quando não apresentar toxidez química. Rejeitos sólidos, líquidos ou gasosos podem ser, ainda, classificados, quanto à atividade, em rejeitos de baixa, média e alta atividade.

Os rejeitos que possuem meia-vida curta são armazenados em locais apropriados, até sua atividade atingir um valor semelhante ao do meio-ambiente, podendo , então, ser liberados. Esse critério de liberação leva em conta somente a atividade do rejeito. É evidente que materiais de atividade a nível ambiental, mas que apresentam toxidez química para o ser humano ou que sejam prejudiciais ao ecossistema, não podem ser liberados sem um tratamento químico adequado.

Rejeitos sólidos de baixa atividade, como parte de maquinarias contaminadas, luvas usadas, sapatilhas e aventais contaminados, devem ser colocados em sacos plásticos e guardados em tambores ou em caixa de aço, após identificação, classificação e etiquetagem.

Os produtos de fissão (ruptura do núcleo de um átomo pelo bombardeamento com nêutrons), resultantes do combustível nos reatores nucleares, sofrem tratamento especial em usinas de reprocessamento, onde são separados e comercializados para uso nas diversas áreas de aplicação de radioisótopos. 

Os materiais radioativos restantes, que não têm justificativas econômicas para serem utilizados, sofrem tratamento químico especial e são vitrificados, guardados em sistemas de contenção e armazenados em “depósitos de rejeitos radioativos”.

Os problemas relacionados com os rejeitos radioativos não são somente técnicos e sim, na sua maioria, políticos, particularmente no que diz à respeito seleção de locais para sua estocagem.


FONTE DE REFERÊNCIA
MAEPR – MANUAL DE ATENDIMENTO ÀS EMERGÊNCIAS COM PRODUTOS RADIOATIVOS
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo