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Equipamentos Básicos do Guarda-Vidas

Os equipamentos básicos de um guarda-vidas são cruciais para a realização eficaz e segura de suas funções de resgate e salvamento. Estes...

Equipamentos Básicos do Guarda-Vidas
Os equipamentos básicos de um guarda-vidas são cruciais para a realização eficaz e segura de suas funções de resgate e salvamento. Estes equipamentos incluem itens essenciais que ajudam o profissional a executar suas tarefas de forma eficiente, enquanto protegem tanto o guarda-vidas quanto as vítimas de possíveis perigos. 

Cada um desses equipamentos desempenha um papel vital na preparação e capacidade de resposta dos guarda-vidas. A escolha e a manutenção adequada desses equipamentos são fundamentais para a eficácia nas operações de salvamento, garantindo que os guarda-vidas possam atuar com rapidez, segurança e precisão em situações de emergência. A seguir, detalho alguns dos principais equipamentos utilizados por esses profissionais:

Nadadeiras
Utilizada pelo Guarda-Vidas para ingressar ao mar com rapidez, é importantíssima no resgate de vítimas
de afogamento.


Características
Peça de borracha composta, sendo resistente à ação de raios ultravioletas, proporcionando extrema durabilidade, leveza e elasticidade, oferecendo ao usuário o máximo de propulsão com o mínimo de esforço.

Manutenção do Material
- Lavar com sabão neutro e água doce;
- Não deixar secar com as espátulas para baixo;
- Passar sempre que puder talco neutro para ter mais durabilidade;
- Não segurar pelos calcanhares, pendurar;
- Identificá-las discretamente, sem danificá-las.

Apito
Com certeza a melhor arma do Guarda-Vidas. O alerta sonoro é a melhor forma de chamar a atenção do banhista. Deve ser intercalado sibilos curtos com sibilos mais longos. Quando o banhista olhar para o local de onde parte o sibilo, o Guarda-Vidas deverá aproveitar para sinalizar para ele, indicando a direção a ser tomada para sair do possível risco, ou mesmo sinais para que retorne à praia. Tais sinais não devem ser agressivos, porém, devem ser vigorosos. 


É bom que o Guarda-Vidas, após ter sido atendido pelo banhista, procure o mesmo para explicar sobre os perigos. Com uma boa explicação, o Guarda-Vidas ganhará um amigo, que provavelmente não mais trará problemas ao seu serviço.

Alguns Guarda-Vidas não usam o apito como deveria, talvez por timidez ou mesmo vergonha. Certamente eles terão mais trabalho a executar, na forma de salvamentos. Uma boa prevenção evita a morte. Um bom salvamento nem sempre garante a vida. Fixado ao uniforme ou ao próprio corpo do Guarda-Vidas, é indispensável para execução da prevenção ativa.

Características
Feito em PVC ou outro material sintético similar, com resistência em especial no bocal, de forma a não rachar com o uso, devendo ser resistente também à agua em especial ao mar, e aos raios solares. Não possui esferas, de forma a permitir um sibilo constante, sem som intermitente, um som forte, possuindo uma intensidade mínima de 115 (cento e quinze) decibéis.

Manutenção do Material
- Lavar com sabão neutro e água doce;
- Lavar o cordão.

Uniforme (sunga, calção, camiseta, boné, sandália, meia, tênis, agasalho)
Na prevenção ativa, ou seja, com a presença do Guarda-Vidas na orla da praia, a identificação pelo uso do uniforme é fator fundamental. 

Nosso uniforme é composto basicamente por uma cobertura (gorro com pala vermelha), camiseta amarela com gola careca com desenhos no centro do peito e nas costas, no lado direito o nome de guerra, sunga de banho na cor vermelha, calção de cor vermelha, tendo ainda como calçado uma sandália tipo havaiana preta, ou tênis preto com meias brancas.

Manutenção do Material
- Lavar com água e sabão neutro;
- Secar na sombra;
- Não precisa passar ferro quente.

Máscara Portátil para RCP
Máscara portáril para ventilação boca a máscara, especial para reanimação cárdio-pulmonar (RCP), evitando o contato com a vítima (boca-máscara-boca).

Características
Feita em plástico estanque, com borda pré-inflada, confeccionada em vinil macio que não permita vazamento, amolda-se facilmente aos contornos faciais de adulto, criança e bebê. Cúpula transparente para verificação da boca da vítima, quanto à cor dos lábios e secreção.

Manutenção do Material
- Lavar com sabão neutro e água doce ou solução desinfetante;

Óculos de Proteção contra Raios Solares
Devido à área de atuação dos Guarda-Vidas, é necessário que se forneça óculos de proteção solar, pois durante o turno de serviço, o Guarda-Vidas permanece exposto por várias horas à ação de raios ultravioleta, seja pela incidência do sol ou mesmo pela reflexão deles pela água do mar ou pela areia.

Características
Proporcionar aos Guarda-Vidas proteção para os olhos contra a incidência dos raios solares ultravioleta “ A”(UVA), bem como dos raios ultra violetas tipo “B” (UVB), pois é cientificamente comprovado que a ação desses raios é extremamente maléfica à saúde dos olhos, causando alguns problemas como por exemplo desenvolvimento de cataratas.

Amoldar-se facilmente ao rosto do Guarda-Vidas, ter hastes reguláveis.

Manutenção do Material
- Lavar com sabão neutro e água doce;
- Evitar fricção da lente com areia ou materiais rígidos;
- Acondicioná-lo sempre com capa protetora.

Protetor Labial e Bloqueador Solar
O câncer de pele é o câncer mais frequente no mundo. No Brasil é o câncer que mais mata. Felizmente, é o único câncer que sabemos a sua causa e quem vai ter. Sua causa é a exposição solar excessiva e inadequada, e as pessoas de maior risco são as de pele clara, com dificuldade de se bronzear. A exposição solar nos traz benefícios e prejuízos. 

Os principais benefícios são a síntese de vitamina D que auxilia a calcificação óssea, o ritmo circadiano (noite e dia) que gerencia nosso sono e ciclo hormonal e nos traz uma sensação de bem estar pela produção de hormônios cerebrais.

Os riscos podem ser imediatos ou tardios. Precocemente temos as queimaduras solares leves, moderadas e a temível insolação, que leva a hospitalização e às vezes, a morte. Nos olhos, pode causar queimadura de retina e cegueira. A longo prazo, temos o envelhecimento da pele, aparecimento de rugas, manchas, câncer de pele e catarata.

O sol emite três tipos de radiação ultravioleta (UV).
- UVA passa pela camada de ozônio e incide preferencialmente de manhã (até às 10h) e a tarde (após 14h). Estimula o bronzeamento da pele (após 48/72h), sem causar envelhecimento e câncer de pele.
- UVB passa pela camada de ozônio durante o dia, tem seu pico entre 10hs e 14h e causa queimadura solar, envelhecimento e câncer de pele.
- UVC não passa pela camada de ozônio.

Filtro Solar
O filtro solar pode impedir a ação de UVS na pele. Para isso deve ser aplicado sobre a pele limpa, meia hora antes da exposição solar, para que seja efetivo. Existem filtros químicos (incolores) e físicos (pigmentos). O FPS (fator de proteção solar) determina o tempo de duração do filtro sobre a pele, varia de pessoa para pessoa, de acordo com o tipo de pele. 

Pessoas mais claras devem usar protetores mais potentes (30 ou mais) para uma duração média de 2h, enquanto pessoas mais morenas podem usar um filtro 15 para tal fim. É importante lembrar que todo protetor solar deve ser reaplicado após o contato com água (banho de piscina) ou sudorese excessiva.

Por que devemos usar protetor solar mesmo na sombra ou debaixo do guarda-sol? Porque a irradiação solar direta na pele é responsável por menos de 30% da queimadura solar, enquanto 70% é causada pela reflexão dos raios no chão. Portanto, quanto mais reflexiva a superfície (água, areia clara, cadeiras ou esteiras de alumínio), maior a chance de queimadura solar.

O efeitos nocivos do sol não provêm apenas da exposição esporádica e intencional ( praia, campo ou clube), mas, principalmente, do seu efeito cumulativo da exposição dia a dia, nos pequenos deslocamentos pela rua, durante práticas esportivas e pela ação de lâmpadas fluorescentes e câmaras de bronzeamento. Portanto, devemos usufruir os benefícios do sol com o uso de filtro solar e acessórios (óculos, bonés, camisetas) e evitando a exposição nos horários de pico.

O Flutuador
O flutuador de guarda-vidas é tipicamente feito de materiais leves, mas robustos, como plástico de alta densidade ou espuma de célula fechada, que conferem flutuabilidade suficiente para sustentar uma pessoa na água. A sua forma ergonômica é pensada para facilitar o manejo tanto pelo guarda-vidas quanto pela pessoa resgatada, permitindo que seja facilmente agarrado e mantido próximo ao corpo.


Definições
- Mosquetão: peça metálica atada à uma extremidade do flutuador, com o objetivo de efetuar um fechamento seguro à argola disposta na outra extremidade, e proporcionar ao equipamento um elo em torno da vítima (a);
- Argola: peça metálica circular, atada à extremidade do flutuador, com o objetivo de juntar-se ao mosquetão atado à outra extremidade, efetuar um fechamento seguro, e proporcionar ao equipamento um elo em torno da vítima. Deverão haver duas argolas, dispostas na mesma extremidade, com o objetivo de atender de forma mais confortável vítimas de diversos volumes e diâmetros (b);
- Corpo: parte central do flutuador, composta por material leve e flexível, devendo envolver a vítima de forma a proporcionar total flutuabilidade (c);
- Cabo: liga o corpo do flutuador, passando por ambas as argolas, até o cinto. Objetiva sustentar o corpo do flutuador, envolto na vítima, durante o reboque do Bombeiro (d);
- Cinto: peça atada por suas extremidades ao cabo, proporcionando ao bombeiro uma alça segura para envolver em seu ombro, em forma de tiracolo, ao rebocar a vítima (e).


Cuidados com o Equipamento
A inspeção inicial é o procedimento de início de qualquer operação com o flutuador, mesmo que o serviço ocorra em um curto período. Deve-se seguir passo a passo os itens indicados para que o material seja preservado.


Buscar Descolamentos e Rachaduras no Corpo do Flutuador 
O bombeiro deverá segurar com ambas as mãos o flutuador e percorrer com elas todo o seu corpo, atentando principalmente nas laterais, poderá estar se iniciando o descolamento do material;
Verificar a tensão do cinto e do cabo;
Tensionar o cinto e o cabo diversas vezes, verificando sua resistência;
Verificar o mosquetão;
Analisar o mosquetão, verificando a flexibilidade da mola, que deverá abrir com uma certa aplicação de força. Caso esteja oxidado, deverá ser limpo e aplicado um pouco de vaselina, persistindo o dano, deverá ser substituído.

Posicionar o Flutuador para o Serviço
Para iniciar o serviço, o bombeiro deverá enrolar o cabo e o cinto em torno do corpo do flutuador, iniciando no sentido contrário ao de sua origem. Ao final, deverá efetuar um cote, fixando ambos em forma de alça, o que facilitará seu transporte, conforme a figura, e seu desenrolar em caso de emergência.

Guardar o flutuador ao final do serviço: o flutuador deverá ser lavado ao final do serviço, com água e sabão neutro, e em seguida acondicionado com o cabo e o cinto alongado, para secar.


FONTE DE REFERÊNCIA
MGV - MANUAL DO GUARDA-VIDAS 
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo