Recomenda-se que cada grupo de instruendos seja formado por 20 (vinte) ou 30 (trinta) bombeiros, de forma que eles possam constituir os ...
Recomenda-se que cada grupo de instruendos seja formado por 20 (vinte) ou 30 (trinta) bombeiros, de forma que eles possam constituir os grupos que atuam na ocorrência, como Estado Maior ou Chefes de Setores.
A instalação do SICOE é gradual e dinâmica, avolumando seus recursos humanos e materiais na medida requerida de cada ocorrência. Nessa dinâmica, conforme efetivo disponível, as ocorrências são classificadas por níveis de comando.
Ocorrências Nível 1
Comandada por Oficial de Área, neste caso, muitas vezes no início das ocorrências, a Guarnição de Comando de Área (formada por 03 homens) instala-se como Posto de Comando (PC), onde teremos acúmulos de funções:
a) Oficial de Área: Comandante da Emergência e Comandante das Operações;
b) Auxiliar do Área: Anotador do Posto de Comando, além de recolher todas as planilhas das guarnições que se apresentam, planilhas onde constam efetivo, materiais, quantidade de água etc;
c) Motorista do Área: Digitador do Posto de Comando, que irá manusear o computador do mesmo, digitalizando todas as informações transmitidas pelo anotador, facilitando a confecção do quadro tático, e Relatório Final . Esse integrante também terá o papel de Operador de rádio (Centro de Operações do Posto de Comando), até a chegada da VTR específica Posto de Comando (ou estabelecimento de um local ou barraca como Posto de Comando).
d) Comandante de Guarnições: geralmente designado a Sargentos do Corpo de Bombeiros, estes serão os chefes dos Setores. É bastante natural que o Cmt das Operações (nesse caso Oficial de Área) convoque o graduado mais amigo, mais 02 auxiliares, para fazerem parte do Estado Maior, acumulando todas as funções, dando ênfase, obviamente, à confecção do “Quadro Tático”, “Plano de Operações Táticas” e organização da “Logística”.
f) Guarnições de Unidade de Resgate: serão empregadas na montagem do Posto Médico Avançado (PMA). O Graduado de maior antiguidade, auxiliado por outros 02 (dois) bombeiros organizarão o PMA, refazendo as triagens feitas pelas demais guarnições (método START), priorizando o transporte conforme as gravidades das vítimas, controlando a quantidade de vítimas por Hospitais e por especialidade (dentro do possível).
Durante a ocorrência, com a chegada da vtr Posto de Comando com mais 02 (dois) integrantes, teríamos:
- Motorista do Posto de Comando: passa a ser o Operador de rádio, fazendo com que o motorista da vtr Cmdo de Área fique responsável somente pela digitação das planilhas de controle; e
- Auxiliar do Posto de Comando: auxilia ao anotador na compilação de dados e recolhimento de planilhas.
Cada Cmt de Guarnição entregará uma ficha de controle de material, previamente preenchida, quando chegar à ocorrência, diretamente no Posto de Comando, para que o Cmt das Operações tenha conhecimento da viatura, do efetivo e material de apoio (sendo imediatamente computado pelo anotador do Posto de Comando). Entregará, também, outra ficha do anexo “A” no final da ocorrência, para controle de água gasta na ocorrência determinando, assim, o fim da atividade daquela viatura em emergência.
Na medida em que as Guarnições vão chegando o Cmt da Operações (Of de Área), de posse do croqui do local sinistrado, via rádio com o Posto de Comando ou pessoalmente, definirá onde aquela guarnição recém chegada será empregada, bem como qual setor o Graduado irá chefiar.
Ocorrência Nível 2
Esta situação é comandada pelo Supervisor de Serviço ou Cap PM. Como dito anteriormente, o sistema é bastante dinâmico e, conforme a evolução da ocorrência, o Oficial de Área poderá acionar o apoio do Supervisor de Serviço.
Chegando ao local da ocorrência, o Supervisor de Serviço desloca-se ao PC e assume o comando da emergência, tomando conhecimento das informações: Plano de Operações Táticas (desenvolvido pelo Ten PM que comandava), Quadro Tático (quantidade e disposição do material humano e equipamentos no teatro de operações). Nesse momento, estabelece novo Plano de Operações Táticas ou permanece com aquele já estabelecido.
Na maioria das vezes, não há uma chegada maciça de Oficiais para elaboração de um Estado Maior completo. Sendo assim, simplesmente, o Supervisor passa a ser o Cmt da Emergência e o Oficial de Área passa a ser somente o Cmt das Operações, permanecendo o organograma basicamente igual ao anexo “B”. Na medida em que, conforme evolução da ocorrência, outros Oficiais forem chegando como apoio, o Cmt da Emergência começa a substituir os graduados que, até o momento, estavam como integrantes do Estado Maior e Chefes de Setores.
Dá-se, então, prioridade de substituição por Oficiais os setores mais críticos ou funções de Estado Maior de maior responsabilidade, na seguinte ordem: Quadro Tático, Suprimentos, Segurança, Comunicação, Informações.
Ocorrência Nível 3
Esta situação é comandada pelo Coordenador Operacional ou Oficial Superior. Da mesma forma, conforme a evolução da ocorrência, o Supervisor de Serviço aciona o Coordenador Operacional.
Chegando ao local da ocorrência, o Coordenador Operacional desloca-se ao PC e assume o comando da emergência, tomando conhecimento das informações: Plano de Operações Táticas (desenvolvido pelo Cap PM que comandava), Quadro Tático (quantidade e disposição do material humano e equipamentos no teatro de operações). Nesse momento, estabelece novo Plano de Operações Táticas ou permanece com aquele já estabelecido.
Cabe salientar que, pelo tempo de acionamento, quando uma ocorrência atinge o nível 3, já houve tempo suficiente para que os Oficiais necessários na montagem de Estado Maior completo cheguem ao local do fato. Será oportuno e conveniente, caso ainda haja necessidade, substituir os graduados por Oficiais, remanejando esses graduados para os Setores deficientes de efetivo.
FONTE DE REFERÊNCIA
MSICOE – MANUAL DE ATENDIMENTO DO SISTEMA DE COMANDO E OPERAÇÕES EM EMERGÊNCIAS
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo