Segundo publicação do Ministério da Justiça na Revista “A FORÇA POLICIAL” em sua 10ª edição, uma crise pode surgir de uma emergência gra...
Segundo publicação do Ministério da Justiça na Revista “A FORÇA POLICIAL” em sua 10ª edição, uma crise pode surgir de uma emergência grave e pode manifestar-se de diferentes formas: incêndios, inundações, terremotos, acidentes comerciais ou industriais (desastres de aviação, desabamento de minas e derrames de petróleo), epidemias, violência trabalhista, extorsão criminosa, levantes políticos, insurreições, motins em presídios, ocupação ilegal de terra, etc, bem como terrorismo.
Há vários conceitos de crise. O primeiro, é um conceito geral que considera como crise“... uma situação que”:
• Ameace metas de alta prioridade do nível decisório...
• Restrinja a quantidade de tempo de resposta disponível antes da tomada de uma decisão e...
• Sua ocorrência surpreenda os membros do nível decisório.
“Um incidente ou situação que envolva a um país, seus territórios, cidadãos, forças de segurança e possessões ou interesses vitais, que se desenvolva rapidamente e gere condições de importância diplomática, econômica, política ou de segurança nacional de tal grau que exija a consideração do compromisso de forças militares, forças de segurança interna e recursos nacionais para realizar objetivos nacionais”.
A Academia Nacional do FBI (Federal Bureau of Investigation) define crise como: “Um evento ou situação crucial, que exige uma resposta especial da Polícia, a fim de assegurar uma solução aceitável”. Segundo o Gabinete de Segurança Institucional da República Federativa do Brasil o conceito de “gerenciamento de crises” vem da etimologia da palavra que nos proporciona uma curiosa pista sobre o seu significado atual.
O termo “crise”, que possui variações mínimas em muitos idiomas, origina-se do grego “krimein”, que quer dizer “decidir” ou, mais apropriadamente “a capacidade de bem julgar”. A primeira e muito apropriada, aplicação do termo ocorreu na medicina. Cumpre guardar essa noção, válida tanto para Hipócrates, Pai da medicina, na Grécia Antiga, quanto para nós nos dias de hoje. Na essência do termo “crise” há uma qualidade, mais arte do que ciência, definida como “a capacidade de bem julgar”.
Dimensão do Problema
Quando se configura uma crise, seja ela de qualquer origem e em especial as envolvendo suicidas e atentados terroristas, temos por missão gerenciá-la para que seja solucionada a bom termo. A articulação das ações necessárias tem origem no COBOM, na triagem da ocorrência, levantando informações importantes para a definição da abordagem operacional a ser adotada. O Comandante da operação deverá inteirar-se do maior número de informações e analisar os efeitos e seus desdobramentos, a fim de minimizar possíveis potenciais de risco, adotando primeiramente medidas de segurança no local para a equipe de serviço e para terceiros.
Da análise criteriosa da situação pode-se definir a dimensão do problema, que poderá ser resolvida por uma única guarnição do CB ou até mesmo envolver uma série de organismos do Governo Federal, Estadual e Municipal, bem como entidades civis. O acionamento rápido e o gerenciamento desses órgãos exigem uma coordenação centralizada.
Graus de Risco ou Ameaça: Elementos Essenciais de Informação e Níveis de Resposta
A otimização de recurso humano e material está intimamente vinculada com o grau de risco do evento crítico. Não super dimensione, nem sub dimensione o grau de risco do evento, procure identificá-lo perfeita e precisamente.
Tabela: Graus de risco (FBI).
FONTE DE REFERÊNCIA
MGCESAT – MANUAL DE GERENCIAMENTO DE CRISES ENVOLVENDO SUICIDAS E ATENTADOS TERRORISTAS
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