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História dos Bombeiros no Mundo


A origem dos Corpos de Bombeiros remonta à origem do emprego do fogo pelo homem. Uma das primeiras organizações de combate ao fogo de que se tem notícia, segundo Care Z. Peterson foi criado na antiga Roma. Augusto, que se tornou Imperador em 27 A.C., formou um grupo de “vigiles”. Esses “vigiles” patrulhavam as ruas para impedir incêndios e também para policiar á cidade, através de patrulhas e vigilantes contra incêndios.

Neste período da história, o fogo era um problema de difícil resolução para os ¨vigílias¨ que contavam com métodos insuficientes para a extinção das chamas.

Uma das normas mais antigas de proteção contra incêndios foi promulgada no ano de 872 em Oxford, Inglaterra, estabelecendo um toque de alerta, a partir do qual se deviam apagar todos os incêndios que estivessem ocorrendo naquele momento mais tarde, Guilhermo, o Conquistador estabelecia um toque de alerta geral em toda a Inglaterra, dirigindo tanto a que se apagassem os fogos como as revolta no país.

Um fato interessante da história, é que em 1666 na Inglaterra, já haviam Brigadas de Seguros Contra Incêndios sendo formadas por Companhias de Seguros e que eram as mesmas que decidiam pelas localizações das Brigadas. Sabe-se muito pouco a respeito do desenvolvimento das organizações de combate ao fogo na Europa até o grande incêndio de Londres em, 1666. Esse incêndio destruiu grande parte da cidade e deixou milhares de pessoas desabrigadas. Antes do incêndio, Londres não dispunha de um sistema organizado de proteção contra o fogo. Após o incêndio, as companhias de seguro da cidade começaram a formar brigadas particulares para proteger a propriedade de seus clientes.

Em Boston, depois de um incêndio devastador que destruiu 155 edifícios e certo número de barcos, em 1679 houve a fundação do primeiro Departamento Profissional Municipal Contra Incêndios na América do Norte. Boston importou da Inglaterra uma bomba contra incêndios e no Departamento haviam empregados 12 bombeiros e um chefe. Já em 1715, a cidade de Boston já contava com seis companhias que dispunham de bombas d’água.

Em mesma época também eram organizados nas comunidades de Massachusetts sistemas de defesa contra o fogo tais como exigências que em cada casa houvesse disponível cinco latas, (tipo balde). Em caso de incêndio era dado alarme através dos sinos das Igrejas e os moradores de cada casa passavam então a organizarem-se em grandes filas, desde o manancial mais próximo até o sinistro, passando as latas de mão em mão. Aqueles que não ajudavam eram sancionados com multas de até U$ 10,00 pelo chefe dos bombeiros.

Com falta de organização e disciplina dos bombeiros voluntários, bem como a resistência à tecnologia que despontava com a introdução de bombas com motor a vapor, ocasionou a organização dos departamentos profissionais contra incêndio tendo-se registro que em 1º de Abril de 1853 em Cinccinati, Ohio, entrou em serviço uma organização profissional de bombeiros com bombas a vapor em veículos tracionados por cavalos. Anos mais tarde, também Nova York substituía os bombeiros voluntários pelos profissionais que utilizavam estas bombas.

As primeiras escolas de bombeiro surgiram em 1889, Boston e em 1914, Nova York para transformação dos quadros profissionais de maiores e menores graduações.

Na época das primeira e Segunda Guerra Mundial os Corpos de Bombeiros encontravam-se estruturados e atuavam em sistemas de dois turnos. Todavia face às necessidades muitas vezes seguiam trabalhando para erradicar sinistros advindos dos bombardeios, com jornada de até 24 horas, passando a tornar-se comum tal prática, trabalhando mais horas que outras categorias profissionais e com isso consolidando-se esta situação, a partir de então.

Dia Internacional do Bombeiro

O Dia Internacional do Bombeiro (em inglês, International Firefighters' Day (IFFD) é comemorado em 4 de Maio. Foi instituído após o recebimento de inúmeros e-mails de todo o mundo em 4 de Maio de 1999 devido a morte de cinco bombeiros em trágicas circunstâncias em um incêndio na Austrália.

O 4 de Maio é o dia tradicional dos bombeiros em vários países da Europa, porque é o dia de São Floriano, patrono dos bombeiros.

No Mundo

Provavelmente mais de 90% dos serviços de bombeiros no mundo são prestados por profissionais civis, com uma significativa maioria atuando de forma voluntária. Este dado reflete a estrutura predominante dos corpos de bombeiros internacionais, onde a sociedade civil assume um papel essencial na proteção contra incêndios e no atendimento a emergências. Esses bombeiros voluntários, motivados pelo compromisso social e pela solidariedade, enfrentam desafios diários e demonstram uma dedicação inabalável ao bem-estar comunitário, representando uma força indispensável na segurança pública e no suporte às operações de emergência.

Alemanha
A estrutura dos serviços de combate a incêndios na Alemanha é notável pela predominância do voluntariado, que sustenta a maior parte das atividades de prevenção e resposta a emergências no país. Aproximadamente 1.041.978 bombeiros voluntários estão engajados em mais de 24 mil corpos de bombeiros voluntários (volunteer fire departments) distribuídos por toda a Alemanha, formando uma das redes mais extensas e organizadas de defesa civil no mundo. Esse sistema de voluntariado é não apenas um exemplo de compromisso cívico, mas também um pilar crucial da segurança pública alemã, permitindo que comunidades, independentemente de sua localização ou tamanho, contem com profissionais treinados e dedicados para enfrentar uma ampla gama de situações de emergência, desde incêndios a resgates complexos.

Canadá
De acordo com a Confederação Canadense de Associações de Bombeiros Voluntários (CVFSA), o Canadá conta com aproximadamente 85 mil bombeiros voluntários, entre homens e mulheres, distribuídos em cerca de 3 mil unidades de serviços de incêndio voluntários (Volunteer Fire Departments) espalhadas pelo país. Esse contingente é fundamental, especialmente em regiões rurais e áreas remotas, onde a presença de serviços públicos de emergência é limitada.

Chile
Todos os bombeiros do Chile são voluntários. Todos os 40 mil voluntários chilenos têm emprego regular ou são estudantes, 4 mil são mulheres. Há também idosos aposentados que ainda combatem incêndios ou ajudam em questões administrativas. Meninos de até 12 anos podem começar a treinar em brigadas mirins para se tornar plenos Bombeiros ao completar 18 anos. No Chile, país onde foi registado o maior tremor de terra do planeta, com 9,5 graus, 100% dos bombeiros são voluntários e mesmo assim o país tem cerca de 2,2 bombeiros para cada mil habitantes, enquanto no Brasil a proporção é de 0,5 bombeiro para cada mil habitantes.

Estados Unidos
Voluntários compreendem 70% dos bombeiros nos Estados Unidos que somam 1.103.300. Do total de 30.125 Estações de Incêndio do país, 20.480 são totalmente voluntárias.

As comunidades atendidas por bombeiros voluntários dependem destes para atender grande variedade de situações de emergência todos os dias, incluindo incêndios, atendimentos médicos de emergência, ataques terroristas, desastres naturais, HAZMAT, salvamentos na água, emergências em alturas e em espaços confinados e os demais serviços próprios de Bombeiros. Os EUA têm uma das taxas mais elevadas de incêndios com morte no mundo industrializado, com 12,4 mortes por milhão de habitantes em 2007.

Japão
O Japão possui 3.598 Corpos de Bombeiros Voluntários (em japonês: 消防 団) abrigando 920 mil bombeiros voluntários e 155 mil bombeiros profissionais. O Serviço de Combate a Incêndio do Japão foi fundado em 1629 durante a era Edo, e foi chamado Hikeshi (em japonês:. 火消し).

Os bombeiros voluntários têm papel histórico e relevante, especialmente em cidades pequenas e vilarejos. Fora das grandes cidades, a maior parte do efetivo pode ser voluntária ou semi-profissional. Os voluntários atuam principalmente em incêndios urbanos, rurais e florestais, além de desastres naturais, como terremotos e tsunamis. Nas grandes cidades, como Tóquio e Osaka, os serviços são totalmente profissionais, com alta especialização e tecnologia avançada. O modelo japonês combina tradição comunitária com eficiência operacional, e muitas famílias participam do voluntariado por gerações.

Rússia
A Rússia, país de dimensões continentais com clima completo e assolado por constantes desastres naturais como terremotos e incêndios florestais utiliza largamente os Bombeiros Voluntários em apoio as atividades de emergências.

Áustria
Os bombeiros voluntários representam cerca de 90% do efetivo total. O país possui uma longa tradição de serviço comunitário em proteção civil, que remonta ao século XIX, quando municípios criaram brigadas de cidadãos treinados para combater incêndios urbanos e rurais. Hoje, essas unidades voluntárias estão altamente estruturadas, com treinamento contínuo em combate a incêndios, salvamento técnico e resposta a desastres naturais. 

As brigadas profissionais concentram-se em grandes cidades e aeroportos, enquanto as zonas rurais dependem quase exclusivamente de voluntários. A estrutura austríaca é fortemente apoiada pelo governo federal e por associações regionais, garantindo que os voluntários tenham equipamentos modernos e suporte logístico, mantendo padrões de segurança equivalentes aos dos profissionais. Esse modelo permite uma ampla cobertura territorial, mesmo em áreas de baixa densidade populacional.

Finlândia
Os bombeiros voluntários correspondem a 80-85% do efetivo total, sendo um pilar fundamental da proteção civil do país. O modelo finlandês combina tradição comunitária e tecnologia avançada, onde cidadãos treinados são mobilizados rapidamente em incêndios urbanos, rurais e florestais. As brigadas voluntárias são estruturadas municipalmente e recebem equipamentos modernos fornecidos pelo governo, além de formação contínua em técnicas de combate a incêndio, primeiros socorros e resgate técnico. 

Em grandes centros urbanos, os profissionais assumem as operações de rotina, mas nas regiões mais remotas, os voluntários garantem cobertura integral. Este modelo permite à Finlândia manter altos níveis de segurança pública sem onerar excessivamente os cofres municipais, ao mesmo tempo em que fortalece o senso de comunidade e responsabilidade civil.

Argentina
Os Cuerpos de Bomberos Voluntarios têm presença histórica e são fundamentais para o sistema nacional de proteção civil. Fora das grandes cidades, a maior parte do efetivo é composta por voluntários, que representam cerca de 70% ou mais do total em muitas regiões rurais.

Os voluntários atuam em incêndios urbanos, rurais, resgates de vítimas em acidentes de trânsito e emergências ambientais, complementando os bombeiros profissionais concentrados nos grandes centros urbanos, como Buenos Aires ou Córdoba. As brigadas voluntárias argentinas têm tradição que remonta ao século XIX, e sua atuação é considerada uma expressão de solidariedade comunitária, sendo respeitada e apoiada por governos locais e estaduais.

Portugal
Cerca de 75-80% dos bombeiros atuam de forma voluntária. O serviço de bombeiros voluntários surgiu no século XIX, em paralelo à urbanização acelerada e ao aumento da ocorrência de incêndios urbanos e florestais. As corporações voluntárias são organizações civis, muitas vezes ligadas às câmaras municipais, que recebem financiamento parcial do governo. Esses voluntários passam por treinamentos extensivos em combate a incêndios, salvamento aquático, acidentes de viação e emergências químicas. Profissionais pagos existem principalmente em cidades grandes e aeroportos, mas o sistema voluntário garante cobertura em praticamente todo o território nacional. O modelo português é reconhecido por sua eficiência em áreas rurais e florestais, onde a prevenção de incêndios e a rápida mobilização são cruciais.

Polônia
Voluntários representam 70-80% do efetivo total, sendo essenciais para o funcionamento do sistema nacional de combate a incêndios. Os chamados Ochotnicza Straż Pożarna (Corpos de Bombeiros Voluntários) têm presença histórica desde o século XIX e são organizados em níveis municipais e regionais. O treinamento é abrangente, cobrindo incêndios urbanos e rurais, resgate técnico, acidentes de trânsito e operações em desastres naturais, como enchentes e tempestades. 

As cidades maiores mantêm bombeiros profissionais, enquanto os municípios pequenos e áreas rurais dependem quase exclusivamente de voluntários. A legislação polonesa garante que voluntários recebam benefícios de seguro, formação certificada e reconhecimento oficial, tornando o voluntariado uma carreira cívica respeitada.

Croácia
Aproximadamente 80% do efetivo de bombeiros é voluntário. O serviço voluntário é histórico e profundamente enraizado na sociedade, especialmente em regiões rurais e turísticas, onde incêndios florestais e urbanos representam riscos frequentes. Os bombeiros voluntários são organizados em associações locais, recebendo treinamento constante em combate a incêndios, salvamento técnico e proteção civil. Profissionais pagos existem principalmente em centros urbanos e áreas industriais. 

O sistema voluntário croata permite mobilização rápida durante emergências, sendo crucial para a proteção da população e do patrimônio natural. O voluntariado também fortalece o espírito comunitário, com gerações de famílias participando das brigadas ao longo do tempo.

Eslováquia
Entre 75-85% do efetivo de bombeiros são voluntários. O modelo eslovaco é descentralizado, com corporações municipais espalhadas por todo o território, especialmente em cidades pequenas e vilarejos. Os voluntários são treinados em combate a incêndios urbanos e florestais, salvamento técnico e primeiros socorros, participando regularmente de exercícios conjuntos com profissionais. Grandes centros urbanos mantêm bombeiros profissionais para cobertura contínua, enquanto os voluntários garantem pronta resposta em emergências locais. O sistema eslovaco é eficiente, econômico e fortemente ligado à cultura comunitária, garantindo ampla cobertura de proteção civil.

Suíça
Voluntários compõem 70-80% do efetivo de bombeiros, sendo o modelo predominantemente comunitário, embora altamente estruturado e profissionalizado. Cada município possui corporações locais de voluntários, que atuam em incêndios urbanos, florestais e em resgates técnicos. Profissionais contratados existem principalmente em grandes cidades e áreas industriais de alto risco. O treinamento dos voluntários suíços é rigoroso e contínuo, com exercícios regulares e certificação oficial, garantindo que o padrão de segurança seja equivalente ao de profissionais. Esse sistema permite cobertura rápida em todo o território, mesmo nas regiões montanhosas e remotas, combinando tradição, disciplina e eficiência.

Itália
Aproximadamente 70% dos bombeiros atuam de forma voluntária. Nas regiões rurais, montanhosas e pequenas cidades, esses voluntários são essenciais para o combate a incêndios florestais, urbanos e para resgates técnicos. Organizados em associações locais, recebem treinamento contínuo e padronizado, cooperando diretamente com o Corpo Nazionale dei Vigili del Fuoco, que concentra profissionais em grandes cidades e áreas industriais. O modelo combina tradição histórica com eficiência operacional, garantindo cobertura ampla em todo o território.

Espanha
Entre 60% e 80% do efetivo espanhol é voluntário, principalmente em áreas rurais e florestais. As brigadas voluntárias são integradas aos serviços profissionais urbanos, participando de combate a incêndios, resgates de emergência e prevenção, incluindo campanhas educativas. A tradição voluntária é histórica e profundamente enraizada nas comunidades autônomas, permitindo respostas rápidas e mobilização eficiente, mesmo em regiões de difícil acesso.

República Tcheca
O Sbor dobrovolných hasičů (SDH) representa 75-85% do efetivo nacional, sendo presente em quase todos os municípios. Os voluntários tchecos recebem equipamentos modernos, treinamento técnico em incêndios urbanos, florestais e resgates e atuam em parceria com bombeiros profissionais em grandes emergências. O modelo é altamente estruturado e integrado, garantindo cobertura eficaz e promovendo forte envolvimento comunitário.

Hungria
Voluntários compõem 70-80% do efetivo, atuando principalmente em pequenas cidades e vilas. Reconhecidos oficialmente, eles recebem treinamento padronizado e equipamentos adequados para combate a incêndios urbanos, rurais, enchentes e resgates técnicos. O voluntariado húngaro é tradição cívica desde o século XIX, sendo considerado símbolo de compromisso comunitário e serviço público.

Noruega
Possui cerca de 80% do efetivo composto por voluntários, principalmente em áreas rurais e montanhosas. Os brigadistas recebem treinamento especializado em incêndios urbanos, florestais, resgates em montanha e gelo, estando integrados ao sistema nacional de emergência. Esse modelo garante cobertura ampla do território, rapidez de mobilização e eficiência operacional, mesmo em regiões isoladas ou de difícil acesso.

Suécia
Voluntários correspondem a 70% do efetivo, atuando principalmente fora das grandes cidades. Eles recebem treinamento contínuo em combate a incêndios, resgates rodoviários, aquáticos e incidentes químicos, trabalhando em conjunto com profissionais nas emergências maiores. O modelo sueco combina tradição comunitária com tecnologia moderna, mantendo alta eficiência operacional e cobertura ampla, mesmo em regiões remotas.

Dinamarca
Aproximadamente 70-80% do efetivo é voluntário, distribuído em mais de 250 brigadas municipais. Os voluntários trabalham em conjunto com profissionais, participando de combate a incêndios urbanos, rurais, marítimos e resgates técnicos, recebendo treinamento centralizado e suporte governamental. O modelo equilibra custos reduzidos com ampla cobertura territorial e mobilização eficiente em emergências.

Austrália
É um dos países da Oceania com maior tradição de bombeiros voluntários. Em muitas regiões rurais e suburbanas, os voluntários representam mais de 80% do efetivo total. Eles são essenciais no combate aos famosos bushfires (incêndios florestais), que afetam grandes extensões do território, especialmente durante o verão austral.

Nas cidades grandes, como Sydney e Melbourne, o serviço é prestado por bombeiros profissionais, enquanto os voluntários garantem cobertura em áreas periféricas e rurais. O voluntariado australiano é historicamente consolidado desde o século XIX, sendo uma parte central da cultura comunitária, com famílias participando por gerações.

Nova Zelândia
O modelo é semelhante ao australiano. Os voluntários formam uma parcela significativa do efetivo nacional, atuando principalmente em cidades pequenas e regiões rurais. Os profissionais concentram-se nas grandes cidades e áreas industriais, enquanto os voluntários são responsáveis por incêndios urbanos, rurais e resgates em regiões de difícil acesso. A tradição do voluntariado é histórica e valorizada pela população, permitindo ampla cobertura territorial e rápida mobilização em emergências.